No primeiro jogo do pós-Paulinho no SC Braga, dificilmente Carlos Carvalhal poderia ter pedido uma melhor resposta. Na curta deslocação a Moreira de Cónegos, os Gverreiros do Minho resolveram a partida em apenas meia hora e até se deram ao luxo de gerir na segunda parte. O Moreirense facilitou na defesa e reagiu tarde demais para justificar outro resultado.
Sentido único. Esta é uma maneira adequada para descrever a primeira hora em Moreira de Cónegos. Isto porque o SC Braga, indiferente a todas as notícias que surgiram durante o dia, entrou de forma avassaladora e construiu uma vantagem confortável perante a passividade da equipa de Vasco Seabra. O homem do momento já não estava, perto de ser transferido, mas isso não foi problema para Carlos Carvalhal, que teve no coletivo a fórmula para o sucesso.
Nem foi preciso esperar muito para se verem festejos, tal foi a entrada dos arsenalistas. Aos 27 segundos já Ricardo Horta tinha descoberto onde estaria o ouro. A defesa facilitou uma vez e não contou, mas voltaria a ser a passividade a custar caro. Fábio Pacheco perdeu em zona proibida e Fransérgio não perdoou na cara de Pasinato.
Vasco Seabra, perplexo com os acontecimentos, via a sua equipa incapaz de reagir a um golpe em dose tripla. O SC Braga estava confortável na partida, o que seria de espera, tal era a vantagem e a facilidade em anular as tentativas de ataque do adversário. Só perto do intervalo é que se viu algum Moreirense, já em recuperação e beneficiando de algum relaxamento dos arsenalistas.
A equipa da casa até terminou o primeiro tempo com mais posse de bola, mas o mal estava feito. Nota positiva para Abel Ruiz, que voltou a cumprir, apesar de não ter marcado.
O Moreirense, de forma natural, conseguiu crescer no jogo, nunca de forma avassaladora, mas suficiente para colocar em sentido a defesa visitante, principalmente através de dos lances de bola parada. Rosic e Ferraresi estiveram perto, mas Matheus também mostrou serviço.
Antes de Carvalhal dar continuidade à gestão, Galeno e Abel Ruiz, dois dos que acabariam por sair, responderam, mas Pasinato (teve um momento que esteve perto de ser de apanhados) estava atento.
Filipe Soares teve na cabeça a melhor hipótese para um golo de honra, mas não acertou no alvo e o SC Braga voltou a marcar. Al Musrati encontrou André Horta para um remate de primeira e um ponto final na primeira partida após a era Paulinho. Bons indícios...
Sem a principal figura, o SC Braga entrou a matar e não deu hipótese ao adversário, acabando por construir uma vantagem que deu para gerir durante os restantes 70 minutos. Fransérgio, Castro e até Raúl Silva foram os goleadores de serviço.
Toda a equipa acaba por ser responsável, mas a defesa cónega deve ter pedido desculpa aos colegas, tal foi a incapacidade de corresponder à entrada forte do adversário. Erros individuais e muita passividade que foi impossível de superar.
João Pinheiro teve poucos problemas para controlar a partida. Decidiu bem nos lances polémicos.