O Benfica é o terceiro semi-finalista da edição 2020/21 da Taça da Liga! Num duelo intenso no Estádio da Luz e incerto até ao último minuto, o Benfica venceu o Vitória SC no desempate por penáltis (4x1), depois de um 1x1 no tempo regulamentar, e carimbou a presença na final four da prova.
Após o duelo com o Vilafranquense, Jorge Jesus voltou a apostar em vários elementos do onze titular, preservando quatro jogadores do último jogo: Jan Vertonghen regressou ao onze, o quarteto de ataque voltou a ser o habitual, Julian Weigl e Adel Taarabt formaram a dupla do miolo e João Ferreira foi aposta para a lateral direita.
Já João Henriques manteve cinco unidades do onze utilizado frente ao Santa Clara, voltou a chamar Rochinha (em detrimento de Ricardo Quaresma) e promoveu as estreias de Matous Trmal na baliza e Óscar Estupiñán na frente de ataque.
Desde cedo se percebeu que o contragolpe iria ser a arma predileta dos vimaranenses no ataque à baliza encarnada. A reação pronta e eficaz das águias à perda da bola foi anulando eventuais perigos, mas o golo dos homens da Cidade Berço acabou mesmo por surgir. Num belo lance individual, Marcus Edwards bateu Nuno Tavares e soltou em Rochinha, que ultrapassou João Ferreira e ofereceu o golo ao 'regressado' Óscar Estupiñán (16').
O melhor que o Benfica conseguiu fazer foi através de uma dupla oportunidade de Everton Cebolinha, ambas bem negadas por Abdul Mumin e Matous Trmal (sendo que o brasileiro ainda viu um golo ser-lhe bem anulado). Do outro lado, Miguel Luís esteve perto de dilatar a vantagem, num lance em que Jardel ficou muito mal na fotografia, perante a pressão de Óscar Estupiñán.
Perante a total inércia da sua equipa no primeiro tempo, Jorge Jesus decidiu agitar as águas na etapa complementar, lançando Gilberto, Haris Seferovic (ao intervalo), Pizzi e Pedrinho, para os lugares de João Ferreira, Luca Waldschmidt, Julian Weigl e Pedrinho. Contudo, o cenário não melhor para os pupilos de JJ e o excesso de cruzamentos também não ajudou.
Em desvantagem e erros sucessivos no último passe e decisão/finalização, o Benfica só conseguiu criar algum perigo através de um cabeceamento perigoso de Darwin Núñez e de um remate de meia distância de Pizzi. Contudo, a sorte acabou por sorrir aos encarnados, que beneficiaram de um penálti caído do céu: o recém-entrado Denis Poha cometeu falta sobre Pedrinho e Pizzi (83') tratou de converter o castigo máximo.
O tento do internacional português acabou por galvanizar o Benfica, que intensificou o ataque à baliza de Matous Trmal e originou lances de perigo concreto. Na sequência de um pontapé de canto e num lance na pequena área vitoriana, Darwin Núñez esteve perto da reviravolta, mas Matous Trmal agigantou-se e levou a decisão do jogo para os pontapé de grande penalidade.
No desempate por penáltis, Everton Cebolinha, Pizzi, Gabriel e Haris Seferovic marcaram para o Benfica, Helton Leite parou o remate de Denis Poha, André Almeida acertou no poste e as águias avançaram para mais uma final four da Taça Liga... numa noite em que foram muito felizes.
Noite tranquila para a equipa de arbitragem liderada por Fábio Veríssimo, que limitou-se a aplicar o seu critério nos lances capitais. Nota para o golo bem anulado a Everton Cebolinha e o penálti bem assinalado sobre Pedrinho, mas também nota para o livre não assinalado quando Helton Leite agarrou a bola fora da área.
Do guarda-redes ao ponta de lança, foi um jogo totalmente bem conseguido a nível coletivo por parte do Vitória SC. Guarda-redes ligado, defesa concentrada, meio-campo coeso e ataque sempre disponível. Boa resposta à eliminação da Taça de Portugal e demonstrativa do valor real da turma de João Henriques.
Já vem sendo hábito e, mais uma vez voltou a notar-se. Apesar da boa entrada, o golo sofrido deitou por terra a equipa encarnada. Completamente desinspirado no último terço e com algumas desconcentrações na defesa, o Benfica não foi capaz de oferecer uma boa reação. A inércia foi afastada já na reta final, após o golo de Pizzi.