Um fez quatro golos, outro fez quatro assistências (e um golo): a vitória do Tottenham explica-se assim

Depois da derrota na primeira jornada contra o Everton, José Mourinho conseguiu o primeiro triunfo nesta Premier League, ao ganhar em casa do Southampton, num jogo em que a dupla Kane-Son tornou bem mais fácil uma tarefa muito complicada.

É que o jogo dos spurs foi de muito pouca qualidade, uma vez mais. A primeira parte teve dois golos anulados a Harry Kane, ambos por fora de jogo, nos dois únicos remates que a equipa podia ter tido até aos descontos da primeira parte, altura em que um bom passe do inglês encontrou a desmarcação do coreano, que rematou cruzado para o empate.

Até aí, só deu Southampton. Os Saints tiveram em Ings o melhor elemento e, depois de ter tido um golo (bem) invalidado, o avançado marcou mesmo, num remate cruzado que deu justiça ao ascendente da equipa da casa, que já tinha visto Lloris e Ben Davies tirarem bolas de golo e que já tinha atirado ao poste.

Só que o tal golo do empate, à beira do intervalo, foi determinante. Na segunda parte, o Tottenham continuou expectante, pronto a explorar os contra-ataques, e foi assim que foi construindo, praticamente a cada ida à baliza contrária, um resultado bastante desnivelado. Sempre da mesma maneira: passes açucarados de Kane para as desmarcações certeiras de Son, seguidas de grande frieza - um recorde na Premier League, pois foi a primeira vez na história que um jogador assistiu quatro vezes para outro, uma combinação impressionante.

Um, dois, três e quatro, todos assim, perante um Southampton totalmente despedaçado. Depois, ainda deu para o próprio Kane fazer o seu golo, numa recarga após remate de Lamela que o guarda-redes desviou para o poste.

Antes do apito final, Ings voltou a marcar, então de grande penalidade, após Doherty ter tocado a bola com a mão na área dos Spurs.