A série de triunfos do Braga chegou mesmo ao fim e não houve recorde de vitórias na Pedreira, muito por culpa de um erro crasso de Bruno Viana que mudou o rumo de um jogo aparentemente controlado e serviu de ímpeto para o Gil Vicente arrancar o empate (2x2). Vítor Carvalho estreou-se e foi a grande figura do encontro ao apontar os dois golos da turma de Barcelos.
Rúben Amorim trocou apenas duas peças em relação ao triunfo sobre o Sporting - Trincão e Palhinha para os lugares de Fransérgio e Galeno - e a motor manteve-se bem oleado. Os guerreiros assumiram desde cedo a posse que tem sido apanágio do jovem técnico e não tardaram a incomodar, por intermédio de Horta e de David Carmo, que ficou a centímetros de inaugurar o marcador.
O jogo era de sentido único e até já se começava a pensar na possibilidade de uma nova goleada tal era a passividade gilista, mas Bruno Viana estragou os planos… Já perto do intervalo, o defesa falhou um domínio fácil, Naidji recuperou, arrancou na direção de Matheus e quando se preparava para atirar, mesmo à entrada da grande área, foi travado em falta por Viana, que acabou expulso. Os estragos não foram maiores porque Matheus brilhou entre os postes e defendeu o livre, mas o Gil animou e ganhou alento para a segunda metade.
Depois de baixar Palhinha para central nos minutos finais do primeiro tempo, Rúben Amorim optou por lançar o reforço Bruno Wilson ao intervalo para o lugar de André Horta, mantendo a linha de três centrais e chamando Ricardo Horta e Trincão várias vezes a um meio campo agora dominado apenas por Palhinha. Apesar da estratégia bracarense, e tal como se previa, foi o Gil a entrar melhor e a criar o primeiro lance de perigo, com um cabeceamento de Sandro Lima a rasar o poste.
Apesar do golo e da vantagem numérica do Gil, o duelo continuava dividido, com oportunidades de parte a parte e até era o Braga a criar mais perigo com as arrancadas de Trincão e Wilson Eduardo. No entanto e quando nada o fazia prever, o estreante Vítor Carvalho voltou a surgir no sítio certo e finalizou um cruzamento de Lourency, restabelecendo a igualdade no marcador a cinco minutos do fim do tempo regulamentar.
Os últimos cinco minutos foram de intensidade elevada, com Esgaio a ficar a centímetros do golo e Bruno Wilson a impedir a reviravolta com um corte espetacular do outro lado do campo. Ainda assim, o marcador não voltaria a mexer e a série vitoriosa do Braga chegou mesmo ao fim.
Vítor Carvalho estreou-se graças a uma infelicidade de um colega, mas dificilmente podia ter corrido melhor. Dois golos completamente decisivos, que garantiram o empate e terminaram uma série de derrotas complicada para a turma de Barcelos.
Os erros pagam-se caro e o Braga pagou o erro crasso de Bruno Viana com o empate e o fim de uma série vitoriosa. Um lance aparentemente simples, que o defesa complicou sem qualquer necessidade.
Rui Costa teve um critério estranho ao longo do encontro, umas vezes mais largo e outras nem por isso, mas a verdade é que acertou no lance capital do jogo e acabou por não ter influência direta no resultado final.