Não houve surpresas, mas não foi por falta de tentativas. O Benfica está na final da Taça da Liga depois de vencer o Eléctrico por 4x0 na última meia-final e marca encontro com o eterno rival Sporting.
A partida foi bastante interessante a nível tático e de organização, com o Eléctrico a fazer um autêntico brilharete perante o campeão nacional e a pecar apenas na finalização. O que conta são os golos...
Inícios destes não se têm todos os dias. Aos 20 segundos, o Benfica já se via em vantagem por intermédio de Robinho, depois de aproveitar um tremendo erro de Bello na saída apoiada. Por outro lado, o Eléctrico não podia ter um pior início, mas não desmoralizou nem desmotivou. A estratégia da equipa de Kitó Ferreira manteve-se e tal facto foi bem evidente nos minutos seguintes.
Por entre a posse de bola do Benfica e algumas oportunidades perigosas, o Eléctrico quis jogar e jogou. Jogou como tanto gosta e não respeitou (no bom sentido, leia-se) o Benfica enquanto equipa teoricamente superior. Não teve medo de fazer o seu jogo, não fugiu um milímetro da sua identidade e fez suar o Benfica, como já o tinha feito na Luz. Teve ocasiões para empatar a partida, não o fez, e na sua melhor fase... 2x0 para o Benfica, com Fits a assinar o livro de ponto dos marcadores depois de novo erro na saída de bola.
Que resposta deu o Eléctrico? A mesma. A identidade manteve-se, o tipo de jogo manteve-se e as oportunidades continuaram a aparecer... e a serem desperdiçadas. O Benfica não estava confortável no jogo apesar de chegar com maior assertividade à baliza de Basílio e o intervalo não podia ter chegado em melhor altura para a equipa de Joel Rocha.
O Eléctrico sabia que estava no bom caminho e o Benfica sabia que tinha de evitar sustos se queria marcar encontro com o eterno rival Sporting. Ambos os argumentos foram válidos durante a segunda metade, onde se assistiu a muito mais tática, organização e cabeça por parte dos encarnados.
Os alentejanos estiveram quase sempre por cima contra uma equipa do Benfica que geriu o jogo, descansou com bola e que meteu gelo na partida, apostando nas rápidas transições ofensivas. O número de oportunidades aumentou para os pupilos de Kitó Ferreira, mas golos... nem vê-los.
A montanha a escalar pela equipa de Ponte de Sôr era gigante e maior ficou quando Rodriguinho, um dos motores da equipa, foi expulso por acumulação de amarelos. Dois minutos de superioridade numérica para o Benfica e nem assim a equipa de Joel Rocha aumentou a vantagem, ganhando outro conforto no jogo. Esse momento apareceu apenas quando o Eléctrico arriscou o 5x4 + GR, com Henmi a marcar perante a baliza deserta. E ainda ia repetir a dose, da mesma forma, nos últimos segundos...
0-4 | ||
Robinho 1' Fits 13' Rafael Henmi 36' 40' |