Foi preciso esperar alguns meses e sobreviver a um período conturbado para somar a segunda vitória no campeonato. Desde o inesperado triunfo na primeira jornada que os galos não levantavam a crista e o triunfo chegou, de forma incontestável, diante do Marítimo. De uma primeira parte medíocre para uma aceitável, Vítor Oliveira não olhou a meios para atingir fins. E sorriu no final.
O que dizer... Bem, que o Marítimo entrou com mais vontade, que Maeda deu os primeiros sinais de aviso e... pouco mais.
Bambock derrubou Henrique Gomes na área, o árbitro nem ao VAR recorreu e o encontro prosseguiu sem que os da casa, com mais ímpeto, conseguissem ultrapassar a última barreira maritimista - Kraev e Sandro Lima que o digam.
Antes de uns paupérrimos 45 minutos, Baraye acabou por ser a figura em maior evidência, não tanto pela exibição, mas sim pelas ocasiões desperdiçadas.
Foi preciso esperar sensivelmente pelo último quarto de hora do encontro para as emoções voltarem a espevitar, sendo que Bambock, num livre lateral, provocou um enorme calafrio aos barcelenses com o típico movimento ao segundo poste que continua a significar pontos para os insulares na temporada.
Resultado? Em cheio. Lourency foi derrubado na área e o auxílio do VAR serviu, precisamente, para tirar tudo a limpo. Sandro Lima cobrou de forma exímia e, instantes mais tarde, aproveitando uma abordagem infeliz de Zainadine carimbou o tão ansiado triunfo para os galos.
É que desde a surpresa na jornada inicial frente ao FC Porto (10 de agosto), os três pontos teimavam em fugir. E foi precisamente em casa, diante da sua massa adepta que o Gil Vicente voltou a ver uma luz ao fundo de um túnel que durou mais de três meses e que parecia não ter fim.
Lançou Lourency, Erick e Naidji na segunda parte, empurrou um Marítimo inofensivo ainda mais para trás e colheu os frutos. Vítor Oliveira não teve medo de arriscar e Sandro Lima saiu beneficiado, tanto que acabou por ser a figura do encontro.
Mais um jogo para esquecer. Por vezes resulta, mas nem sempre. A estratégia verde rubra, assente numa forte organização defensiva, caiu e o resultado acabou por ser justo por quem mais procurou a vitória. Há que adaptar modelos e estratégias consoante os adversários.
Não foi uma arbitragem muito bem conseguida de Tiago Martins. Faltou a análise a um lance capital da primeira parte, que envolveu Bambock e Henrique Gomes, que nem mereceu uma segunda oportunidade. De resto, o critério não foi o mais ajustado em determinados lances.