Foi dura, foi emocionante e acabou com o vencedor justo. A final do Euro sub-21 provou que o futebol tem futuro, consagrando a Espanha como nova campeã da Europa, depois de vitória por 2x1 sobre a Alemanha.
A apostar na mesma fórmula que encantou nas meias finais, a Espanha entrou no jogo decisivo do Europeu pronta a carregar sobre a sua adversária. Durante o primeiro quarto de hora, os jovens alemães não conseguiram levar a bola para o meio campo contrário, sequer, tal a pressão de La Rojita. O prémio apareceu ao minuto sete, num grande momento individual e remate de Fabián Ruiz.
Em desvantagem, a Alemanha aproveitou o menor pressing espanhol para subir no terreno e jogar mais perto da baliza de Sivera, praticamente um espetador durante os primeiros 45 minutos. É que os germânicos, apesar da qualidade de Dahoud no meio campo, não criaram uma única real oportunidade de golo, antes do apito para o descanso.
Para a segunda parte, a jovem Mannschaft trouxe uma outra capacidade atacante e alguns lances junto à baliza contrária. Sivera, com maior ou menor dificuldade, travou o remate de Amiri, a Alemanha obrigou a Espanha a jogar no seu meio campo e o empate estava longe de parecer uma utopia, perante uma La Rojita visivelmente cansada e a contar com a inspiração da dupla de centrais.
De repente, para gáudio de De La Fuente, apareceram os criativos, os verdadeiros responsáveis pelo título. Ceballos, um garante de qualidade em todos os momentos ofensivos, Fabián, sempre forte na tomada de decisão, e Olmo, marcador do golo da tranquilidade, numa finalização de classe, viraram o jogo de pernas para o ar, transformando inseguranças em certezas.
A Alemanha ainda reduziu, num belo remate de Amiri desviado por Vallejo, mas esta geração, com tanta qualidade técnica, classe e ADN espanhol, tinha de sair deste verão campeã da Europa. Fez-se justiça, acima de tudo.