É o fim do fantasma do Paraguai! Depois de novo empate a zero no tempo regulamentar, o Brasil conseguiu finalmente mudar o final da história, com um triunfo conquistado nos pontapés de grande penalidade que carimbou a passagem às meias-finais da competição.
Sem Casemiro e com Fernandinho debilitado, Tite optou por Allan a titular e viu a sua equipa passar por muitas dificuldades no primeiro tempo. Na segunda parte, a história foi outra, mas a bola não entrou e o jogo teve mesmo de ser decidido da marca de onze metros.
O Brasil começou muito bem, com dois remates a abrir – Firmino permitiu a defesa em excelente posição – e a encontrar espaços na defesa adversária, mas foi sol de pouca dura...
O Paraguai apresentou uma estratégia muito bem delineada por Eduardo Berizzo, que apostou na marcação homem-a-homem para anular as principais referências canarinhas, sem medo de recorrer à falta e à espera do erro dos brasileiros. A aposta foi bem sucedida, ainda que com uma grande ajuda por parte do estado deplorável do relvado, que não beneficiava em nada as características da seleção brasileira.
Na sequência de um pontapé de canto conquistado pela boa pressão individual, Pérez encontrou Derlis González sozinho na grande área e o antigo avançado do Benfica obrigou Alisson a uma grande defesa para evitar a surpresa no marcador. Até ao recolher obrigatório, houve melhoria na canarinha, mas exigia-se mais na segunda parte.
Tite percebeu que o jogo pedia a intervenção dos laterais em zonas mais ofensivas e promoveu a entrada de Alex Sandro para o lugar de Felipe Luís. Ora, não foi da esquerda, mas foi da direita e através da subida do lateral, que surgiu nova chance de inaugurar o marcador.
Dani Alves surgiu em excelente posição e obrigou Balbuena a recorrer à falta para o travar. O árbitro Roberto Tobar ainda apontou para a marca da grande penalidade, mas mudou a decisão depois de consultar o VAR, tendo assinalado livre e consequente expulsão para o defesa paraguaio. Na sequência do livre direto, Dani Alves falhou o alvo por muito pouco.
Oportunidade atrás de oportunidade, os comandados de Tite tentaram de tudo, mas a história parecia teimar em repetir-se, com bolas a rasar os postes, bolas aos postes e grandes defesas a segurar o nulo e a levar o jogo para grandes penalidades.
Na marca dos onze metros, o Paraguai começou da pior forma, com Alisson a conseguir defender o primeiro pontapé, mas Firmino deixou tudo igual ao falhar o alvo. De forma inglória e depois de uma bela exibição, Derlis González também rematou ao lado mas desta vez Gabriel Jesus não falhou e pôs fim à maldição!
O VAR foi uma inovação excelente para o mundo do futebol. Veio ajudar a reduzir a dúvida e o erro humano, mas na Copa América necessita claramente de melhorar. A demora é grande em todos os lances em que se utiliza a tecnologia, muitas vezes com quatro e cinco minutos de espera, demasiado quando há um espetáculo à espera para recomeçar.