«E o Benfica é campeão». Está cumprida a missão do início da época. Depois de perder o título na temporada passada para o FC Porto, as águias não tremeram no jogo decisivo e golearam o Santa Clara por 4x1, garantindo o 37.º campeonato da sua história. Uma caminhada memorável, pela caminhada e pelos golos marcados, uma caminhada à qual ficará para sempre ligado o nome de Bruno Lage.
🦅 Benfica marca 103 golos na Liga 2018/2019 e alcança o máximo da história do clube
▶ 103 - 1963/1964 e 2018/2019
▶ 101 - 1972/1973
▶ 99 - 1946/1947
▶ 94 - 1975/1976 pic.twitter.com/qrSywgEDW5
— playmakerstats (@playmaker_PT) 18 de maio de 2019
#Reconquista. Depois do campeonato perdido na época passada para o FC Porto, os encarnados entravam para a última jornada com a missão pedida no início da época à distância de apenas um ponto, que até podia nem ser necessário em caso de deslize portista.
Estava tudo pronto para a festa. Os benfiquistas passaram a semana a pensar na forma como iriam celebrar a conquista e a receção ao autocarro foi uma espécie de preparação para as horas que se seguiriam. O jogo com o Santa Clara não era uma mera formalidade e até se sentiu um nervosismo natural no início do encontro, mas a partir do momento em que a partida foi desbloqueada, tudo ficou fácil para os encarnados.
Pode dizer-se que a partida foi um espelho da época benfiquista. Não começou da melhor maneira. Como quem não tem nada a ver com a festa, o Santa Clara veio a jogo com tranquilidade, vontade e capacidade para trocar a bola e enervar a equipa de Bruno Lage. Não foram só os mais jovens a tremerem nos minutos iniciais. Os adeptos também se assustaram com a qualidade que os açorianos iam apresentando em campo, mas Seferovic tudo mudou.
Tal como a temporada, houve uma altura decisiva. A chegada de Bruno Lage recolocou os encarnados no caminho da #Reconquista, o golo de Seferovic pôs um ponto final no nervosismo e levou o Benfica para um jogo de consagração tranquilo. Ao minuto 39 os adeptos já não resistiam. «E o Benfica é campeão», cantavam.
A maré estava favorável e os atacantes encarnados continuaram na crista da onda. Félix encantou num momento individual dentro de área que acabou no 2x0 e Rafa foi mais rápido, como tem sido sempre, para fazer o terceiro e marcar o golo 21 na época, ele que sempre foi acusado de dificuldades na finalização. Já não dava para esconder. Os adeptos encarnados só pensavam no Marquês, mas tinham mais 45 minutos para fazerem a festa no estádio.
Entre cânticos a festejar um campeonato que parecia mais do que certo e um golo do eterno rival Sporting no Dragão que fechava por completo as contas do título, houve mais dois golos, com o Santa Clara a marcar pelo ex-Benfica César e a obter o prémio merecido pela abordagem corajosa e de qualidade ao jogo
Antes, Seferovic também sentenciava outra luta, a de melhor marcador do campeonato. De dispensado a número um, com 23 golos na Liga. Foi assim a época do suíço e foi assim a época do novo campeão nacional. O Benfica fez uma recuperação impressionante, ultrapassou três equipas e cumpriu a missão da #reconquista. O FC Porto acabou por vencer o Clássico, mas na Luz ninguém quis saber.