Ronaldo, eis a resposta! Porque a vida no Olimpo é assim...

Somos nós, adeptos, jornalistas, comuns mortais nas redes sociais, que alimentamos esta deliciosa rivalidade, mas não há como não o fazer. Depois da monstruosa exibição de Cristiano Ronaldo contra o Atlético de Madrid, Lionel Messi apareceu em grande contra o Lyon. A tarefa estava uns degraus abaixo no nível de dificuldade, mas o argentino voltou a trepar uns degraus acima dos restantes 25 jogadores em campo para ser decisivo. Como ele, Ronaldo e quase mais nenhum sabe atualmente. Os dois têm o seu lugar de destaque no Olimpo dos deuses do futebol. E é realmente bom vê-los a encantar o planeta.

Aparentemente, ficou fácil...

O Lyon apresentou-se não com o seu desenho habitual, mas com o alternativo 5x3x2, que Genésio costuma ter nos jogos de maior exigência. O que não foi propriamente positivo. A solidez foi pouca, a linha defensiva permitiu alguma profundidade aos catalães depois de contornada a linha de fora de jogo e depois foi a qualidade a imperar com naturalidade.

Anthony Lopes até começou por brilhar, com bons apontamentos perante a avalanche que o Barcelona imprimiu, sob a batuta de Messi. E, se ganhou alguns duelos, foi incapaz de travar uma grande penalidade que Messi pintou com a classe de Panenka. Um momento que aconteceu depois de uma má abordagem de Denayer, a derrubar Suárez nos tais movimentos junto da última linha.

Assim também o fez o uruguaio para o segundo golo, entre o central do meio (Marcelo) e o esquerdo (Marçal), tocando depois para Coutinho. Tudo simples, tudo fácil e, ao fim de meia hora, a inoperância do Lyon ajudava ainda mais a que o jogo desse a sensação de estar preticamente sentenciado.

Ainda para mais, o guardião português, que se lesionou num choque com um adversário (ainda com 1x0) e que, inicialmente, não quis ser substituído, acabou por ter de sair, em lágrimas e aplaudido pelo Camp Nou.

Só que o rumo do jogo inverteu-se consideravelmente no segundo tempo...

Tousart animou, mas... Messi!

Não se pode dizer que tenha passado a ser um Lyon muito ofensivo, mas foi mais agressivo na hora de chegar ao último terço e também mais feliz nos momentos em que o Barcelona apareceu em zona de finalização, mas bastante perdulário. 

O golo de Tousart, na sequência de uma bola parada, animou bastante o jogo, deu-lhe incerteza e alguns sustos aos catalães, que viam os franceses ganhar força no jogo aéreo.

Só que apareceu Messi. Outro golo, num lance genial pelo corredor central, e duas assistências plenas de criatividade, técnica e excelente visão, para Pique e Dembelé.

Sem surpresa, segue em frente o Barcelona.