Quis o destino e quiseram as equipas em campo que o 38.º jogo fosse o primeiro a terminar sem golos, embora com festa mútua. Dinamarca e França pouco arriscaram, conservaram as posições e seguem em frente para os oitavos de final, depois de um jogo com pouco que contar e onde a vontade de não perder foi muito maior do que a ambição de ganhar.
A uma França já apurada e que aproveitou para fazer mudanças em cerca de meia equipa, sabendo que só a derrota lhe tirava o primeiro lugar, respondeu uma Dinamarca pouco interessada em fiar-se na matemática e na ajuda do Peru. Eram mais três pontos que a Austrália, não havia necessidade de recorrer à calculadora, e era ainda a possibilidade de saltar para o primeiro lugar.
Razões mais do que suficientes para uma melhor entrada dos dinamarqueses. A bola foi dada ao adversário, mas as lógicas dificuldades de entendimento na construção (N'Zonzi não foi nada capaz) foram aproveitadas para, com acelerações, os nórdicos criassem perigo.
Os relatos vindos do outro jogo ajudavam a Dinamarca a serenar, já que, mesmo perdendo, o apuramento estava assegurado, embora, ainda assim, conseguisse ser a equipa mais ameaçadora.
Claro está que o andar do relógio encolheu as equipas. Por isso, a segunda parte foi de um enorme aborrecimento. Não há muito a condenar, já que as duas formações iam conseguindo os seus objetivos e, sempre que possível, mesmo com muitas cautelas, tentavam alvejar a baliza contrária.
Ainda assim, era muito pouco provável que o marcador mexesse. Essa era a sensação de quem via o jogo, dos jogadores em campo e dos treinadores no banco, que mexiam para poupar e sem arriscar.
Fez-se a festa no fim, num jogo sem golos e com pouca história.