Apesar de desfavorável, muito menos preocupante o resultado de uma primeira parte frenética do que a péssima exibição, revestida de aflição, descoordenação e falta de clarividência. Aliás, não foi por acaso que Sérgio Conceição, pouco passava dos 10 minutos de jogo, colocou três jogadores em aquecimento.
Não foi tudo mau e a isso se deveu a bipolaridade dos centrais azuis e brancos, que responderam à má prestação defensiva com uma muito eficaz participação no ataque.
Por sua vez, nas idas à frente, foram os mesmos centrais que abriram caminho à crença na segunda parte, primeiro numa dupla ação de cabeça que resultou no golo de Aboubakar, depois com Marcano a finalizar um lance de bola parada que começou em Alex Telles e foi correspondido ao segundo poste por Herrera.
A tal crença na segunda parte fez sentido, mas esgotou-se em vários aspetos relevantes: meio-campo incapaz de ter posse contínua no lado contrário; Marega a falhar quase todas as ações; laterais muito menos eficazes nos momentos em que podiam colocar o perigo na área.
Brahimi era o melhor jogador... nos primeiros segundos em que tocava na bola. Depois fintava, ganhava espaço e tinha colegas à disposição, mas fazia o seu erro de sempre: uma fintinha a mais. Sérgio Conceição cansou-se tanto quanto os seus colegas (o desespero de Marcano depois de um contra-ataque após bola perdida pelo argelino foi evidente) e tirou-o de campo.
O Leipzig, muito mais cauteloso na segunda parte, a pressionar em zona intermédia e a tentar os contra-ataques, resguardou o meio-campo para aguentar e até esteve várias vezes perto do quarto golo, que nunca surgiu apesar dos vários contra-ataques venenosos.
🇩🇪RB Leipzig faz história: 1.ª vitória do clube nas competições europeias pic.twitter.com/r7l7ywvVfU
— playmakerstats (@playmaker_PT) 17 de outubro de 2017