Três jogos oficiais disputados, três vitórias e dois troféus, numa demonstração inequívoca de força do Real Madrid a abrir a temporada. Esta noite de quarta-feira foi de segunda mão da Supertaça espanhola e, depois de um triunfo por 1x3 em Camp Nou, os merengues venceram por duas bolas a zero em casa o grande rival Barcelona, num encontro em que a remontada catalã nem chegou a estar realmente em cima da mesa.
Mesmo sem Cristiano Ronaldo, a sua estrela maior, e com nomes como Bale, Isco ou Casemiro no banco de suplentes, a equipa de Zidane foi superior desde cedo, marcou logo a abrir - e que golo de Asensio! - e chegou ao intervalo com a questão praticamente resolvida.
Há dois dias, depois do duelo da primeira mão, falávamos de Marco Asensio. Um daqueles craques que não enganam, o espanhol havia apontado um grande golo em pleno Camp Nou, confirmando a apetência especial para golos marcados nas diferentes estreias ao serviço do Real Madrid. Curiosamente, muitos dos golos que o jogador de 21 anos vai apontando são daqueles que merecem uma dezena de repetições. Pois bem, bastaram quatro minutos para se ver mais um momento desses deste jovem talento.
A bola andava ainda bem fora da grande área do Barcelona quando Asensio a segurou e decidiu tentar a sorte - será que precisa mesmo de confiar na sorte? - e, com o pé esquerdo, enviá-la na direção da baliza de Ter Stegen. O tiro foi direito ao canto superior esquerdo, com a bola a baixar mesmo a tempo de ir parar ao fundo das redes de Ter Stegen. O guardião alemão nem tentou impedir este momento sublime que fez o estádio levantar-se e desdobrar-se em festejos.
Com André Gomes como titular - e o português pouco fez para impedir o desfecho provável -, o Barcelona continuava, mesmo depois do golo madrugador, a ser dominado. Messi ia tentando lutar contra a corrente, mas ora permitia a defesa de Keylor Navas, ora não conseguia entrar a bola perfeitamente a Suárez para que o uruguaio finalizasse. E muitas vezes, faltava um terceiro elemento no ataque blaugrana para surgir pela esquerda em zona de finalização. As saudades de Neymar já se sentem na turma catalã.
Ainda antes do intervalo, o resultado agregado das duas mãos chegaria a uns esclarecedores 5x1, com Benzema a aproveitar uma abordagem lamentavelmente passiva da defesa do Barcelona para bater Ter Stegen de curta distância. Tudo muito fácil para os homens de Zidane.
Para ainda conseguir sonhar, pelo menos, o Barcelona precisava de muito, muito mais. Ainda deu indícios, pelo menos, ao longo do segundo tempo, mas foi claramente insuficiente. Em esforço e com grandes números, a equipa de Valverde começou a conseguir aproximar-se da grande área merengue com alguma frequência, mas para começar a reduzir a vantagem precisava de ser clínica na definição dos lances, e não o era.
Já com Nélson Semedo em campo - rendeu Piqué aos 50 minutos, numa clara tentativa de dar mais profundidade -, o Barcelona somou algumas oportunidades para faturar, mas Messi acertou em cheio no ferro depois de ser bem assistido por Suárez e o próprio uruguaio atirou contra Varane em posição de finalização, falhando também no cabeceamento à passagem do minuto 66'.
Esse período de cerca de meia hora acabou por ser o único momento menos positivo para a equipa de Zidane, mas não chegou para evitar o triunfo merengue. Mais um troféu para o vasto palmarés do Santiago Bernabéu, a 10ª Supertaça espanhola no historial do clube madrileno.
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— Real Madrid C.F. (@realmadrid) 16 de agosto de 2017