Está encontrado o segundo finalista da Taça de Portugal. O Benfica não teve a vida nada facilitada frente ao Estoril Praia (3x3), mas conseguiu garantir o passaporte para a final da prova rainha do futebol português, na qual tem encontro marcado com o Vitória Sport Clube. Bruno Gomes e Carlinhos ainda deram esperança aos estorilistas, embora sem efeitos práticos.
Rui Vitória alterou o xadrez praticamente todo face ao último encontro na Luz. O treinador encarnado promoveu oito alterações, com destaque para o regresso de Grimaldo cinco meses depois do último encontro, e o ataque foi o setor que mais sofreu com as alterações.
🇪🇸Grimaldo regressa à competição: não jogava há 5 meses. Hoje joga pela 1.ª vez na Taça de Portugal 🇵🇹 pic.twitter.com/a2wa1ouA5Y
— playmakerstats (@playmaker_PT) 5 de abril de 2017
Rafa Silva e Zivkovic surgiram mais adiantados, devidamente acompanhados por Franco Cervi e Carrillo nas alas, mas a diferença para a dupla Jonas-Mitroglou foi grotesca. Primeiro, porque Rafa revelou não ter o instinto matador dos seus companheiros. Muita velocidade, é certo, mas pouca clarividência na hora de decidir.
Teve tudo para fazer o golo aos 13 minutos, depois de ganhar em velocidade a Dankler, mas não teve arte nem engenho para bater Luís Ribeiro. Em segundo, Zivkovic também não foi o apoio indicado. O sérvio sentiu-se como peixe fora de água na primeira metade e foram mais as vezes em que pareceu perdido em campo do que as ações que protagonizou no encontro.
Faltava uma referência na frente, alguém como Jonas ou Mitroglou, que fosse capaz de materializar as oportunidades criadas. Perante esta inoperância do setor mais avançado dos encarnados, os visitantes mostraram que não precisavam de tanto para marcar.
Na primeira grande oportunidade, Bruno Gomes aproveitou o espaço concedido pela defesa do Benfica para apontar um golo extraordinário. O remate certeiro do brasileiro despertou os homens da casa para a necessidade de marcar e Carrillo, três minutos depois, aproveitou erro clamoroso do guarda-redes do Estoril para igualar a partida.
A segunda parte arrancou literalmente com o golo do Estoril, que deixava os canarinhos com a eliminatória igualada. O balde de água fria foi servido pelo recém entrado Carlinhos na sequência de um erro imperdoável do capitão encarnado André Almeida.
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O Benfica não acusou o golo e reagiu de imediato. Zivkovic e Cervi proporcionaram a Luís Ribeiro defesas de grande nível, pouco antes do extremo sérvio fazer balançar as redes da baliza estorilista. Que grande momento de Zivkovic. Remate sensacional, sem hipótese de defesa para Ribeiro.
Não satisfeita com o empate, a equipa de Rui Vitória procurou o golo da tranquilidade e, depois de Carrillo enviar a bola à barra – o peruano recebeu o esférico de Zivkovic e picou a bola sobre Luís Ribeiro -, o também recém entrado Jonas marcou com aquele instinto que tanto faltou na primeira parte. Simples.
Antes desse momento, nota para uma dupla defesa de Júlio César, a remates de Carlinhos e Bruno Gomes, salvando o Benfica de um enorme pesadelo.
A esperança voltou a alimentar os visitantes, que tinham pouco mais de 10 minutos para marcarem mais um e provocarem um verdadeiro desastre em pleno estádio da Luz. Não aconteceu e o Benfica segue rumo ao Jamor, depois de um empate a três bolas frente a um digno vencido.