Demolição azul-e-branca vale novo xeque à águia

A tarefa do FC Porto na receção ao penúltimo classificado Nacional não se previa demasiado complicada para os dragões, mas números assim no marcador eram difíceis de antever. O que se verificou no Dragão, em particular no segundo tempo, foi um autêntico passeio para o FC Porto, que com uma goleada por 7x0 assumiu provisoriamente a liderança do campeonato. Óliver e Brahimi marcaram os primeiros dois golos no primeiro tempo, André Silva e Soares bisaram no segundo e Layún também faturou de livre direto. O Nacional nunca conseguiu constituir uma real ameaça ao Dragão, que é mais uma vez líder da tabela da Liga NOS à condição, à espera do que fará o Benfica em Santa Maria da Feira.

O Nacional da Madeira até chegava ao Estádio do Dragão com um estatuto interessante: a equipa insular é, a par de Benfica e Sporting, aquela que mais vezes triunfou no atual reduto portista. Mas este Nacional de 2016/17 está longe dos seus melhores tempos. Penúltimo classificado e em sério risco de cair para a II Liga, o conjunto de Predrag Jokanovic teria de surpreender muito para evitar o desfecho mais provável.

Os primeiros momentos do jogo, no entanto, até pertenceram à equipa insular, que procurou fazer uso do fôlego inicial para ameaçar a baliza de Casillas mas não deu seguimento a dois pontapés de canto consecutivos. Do lado oposto do campo, uma bola longa foi amparada por Soares com a cabeça e André Silva tentou repetir o gesto da última final da Taça de Portugal, com um pontapé de bicicleta que lançou a bola para fora.

Vantagem às três tabelas

Com Brahimi a descair para o lado esquerdo e Óliver a lançar o argelino a partir de trás, era predominantemente por esse flanco que os dragões mais tentavam criar perigo. Um cruzamento de Brahimi encontrou Soares em posição irregular e Layún dispôs de um livre descaído para a esquerda e chutou a bola com força mas à figura de Adriano Fachini.

Os dragões cresciam claramente no jogo por volta dos 15 minutos e procuravam materializar o domínio mas as oportunidades claras iam tardando. Do outro lado, um erro de Óliver Torres motivou um susto para os portistas, mas Aristeguieta foi travado por Felipe já dentro da grande área, num lance que suscitou algumas dúvidas. O médio espanhol do FC Porto acabaria por se redimir pouco depois: cruzamento rasteiro de Alex Telles e finalização de Óliver, que fez a bola entrar na baliza de Adriano Fachini após um desvio de César.

O 1x0 animou as hostes portistas, que viam a equipa procurar de imediato o segundo. Brahimi continuava a ser o mais interventivo, mas raramente conseguia dar o melhor seguimento aos dribles. O argelino acabaria, no entanto, por dar o segundo golo à equipa de Nuno Espírito Santo num raro momento de simples finalização. Layún cruzou para a área, Tobias Figueiredo tocou de cabeça e Brahimi fez o 2x0 com um remate desviado por Nuno Campos. Mais uma vez, Adriano Fachini foi traído por um desvio de um dos seus defesas.

Motor a rugir até à sétima

Se no primeiro tempo o FC Porto havia beneficiado dos desvios insulares para chegar à vantagem esperada, no segundo o domínio portista foi inequívoco e expôs ao máximo as fragilidades deste Nacional, que ficaria em desvantagem numérica e terminaria o encontro com uma goleada pesada.

André André foi o comandante de serviço para os seguintes dois golos portistas que acabaram com as dúvidas e que deram algum protagonismo à dupla de avançados do FC Porto. Aos 51 minutos, o médio português tabelou com Óliver, entrou na grande área do Nacional e ofereceu de bandeja o 3x0 a André Silva e aos 54' rematou para defesa de Adriano Fachini antes da recarga de Soares para o quarto do jogo.

A perder por claros 4x0, Jokanovic viu ainda a sua equipa ficar reduzida a dez elementos por acumulação de amarelos de Tobias Figueiredo e no que restou jogar da partida o FC Porto pouco precisou de se esforçar para engordar a goleada. Layún completou a mão cheia de golos com um livre direto colocado e aos 71' Soares bisou no encontro após cruzamento de Diogo Jota para o 6x0. Como se não bastasse, André Silva não quis ficar atrás e bisou também para o 7x0 final.