Triunfo bastante suado do Benfica no terreno do Estoril-Praia, no encontro da 14.ª jornada da Liga NOS. Após uma primeira parte sem golos, o Benfica conseguiu chegar à vantagem através de uma grande penalidade, convertida por Raúl Jiménez, mas teve de sofrer até ao final para sair da Amoreira com os preciosos três pontos para a luta pelo título. A equipa da casa reagiu após o golo encarnado e quase materializou o empate. Não foi feliz.
Que intensidade! Os adeptos que marcaram presença no António Coimbra da Mota certamente sentiram alguma dificuldade em manter os olhos colados na redondinha durante a primeira parte. A equipa canarinha, que tinha no banco de suplentes o novo treinador Pedro Carmona, não acusou a pressão de jogar frente ao tricampeão nacional Benfica e mostrou-se bastante atrevida e bem organizada no seu meio-campo.
Dez minutos volvidos, Raúl Jiménez aproveitou uma bola de ressalto e atirou à queima-roupa em direção à baliza do Estoril para brilhante defesa de Moreira. O antigo guarda-redes do Benfica foi, a par de João Afonso, determinante para manter o nulo até ao intervalo. A bola não parava. Na sequência do lance, Pizzi bateu o canto para Luisão, completamente sozinho, atirar por cima. Perdida incrível do capitão das águias.
Pese o maior domínio do Benfica, evidente em todas as linhas, os estorilistas não desarmaram e só não chegaram ao golo por manifesta infelicidade de Bruno Gomes, aos 30 minutos. O avançado brasileiro surgiu completamente sozinho a corresponder a um livre do compatriota Eduardo, mas cabeceou ao poste. Até ao final do primeiro tempo, Rafa ainda dispôs de uma ocasião para fazer a diferença, mas João Afonso (que grande primeira parte!) tirou o pão da boca ao adversário.
No regresso para o segundo tempo, o Benfica manteve o ritmo de jogo a um nível muito elevado, que o Estoril-Praia não conseguiu acompanhar durante os primeiros vinte minutos. A turma encarnada instalou-se por completo no meio-campo dos canarinhos, sem dar grande margem de manobra ao adversário, que reagiu apenas após o golo de Raúl Jiménez. O internacional mexicano não desperdiçou uma grande penalidade cavada por Franco Cervi – Ailton cortou a bola com a mão no interior da área do Estoril. Mitroglou estava pronto para entrar, mas Rui Vitória atrasou o lançamento do avançado helénico após o golo.
Em cima do apito final, já depois de o Benfica desperdiçar várias oportunidades no outro lado do terreno de jogo, o Estoril quase que aproveitou uma falha tremenda da defesa encarnada. Gustavo Tocantins surgiu completamente sozinho, mas não conseguiu finalizar. O perigo foi tanto que até os jogadores do Benfica levaram as mãos à cabeça. Felizmente, para o Benfica, o jogo estava perto do fim...