O Estádio do Bessa acolheu mais um duelo histórico e repleto de rivalidade entre o Boavista e o Vitória de Guimarães. Bom ambiente no Estádio dos boavisteiros (exceção a alguns incidentes entre os apoiantes das duas equipas) com os dois emblemas a receberem forte apoio.
Entrou melhor a equipa de Miguel Leal, com mais posse, a procurar a bola longa e a ser forte no duelo áereo (aliás, tal como tínhamos mencionado na análise prévia a esta partida). Seria Talocha, de cabeça, depois de um canto, a criar a primeira oportunidade de perigo na partida. A bola passou a rasar a trave.
O Vitória de Guimarães demonstrava alguma dificuldade em criar perigo, explorava sobretudo os corredores laterais (Raphinha algo desinspirado, Hernani melhor), e os remates de longa distância, mas sem sucesso. No entanto, de penálti – o árbitro Jorge Sousa assinalou mão na bola de Carraça - os conquistadores chegariam à vantagem. Muita calma e classe de Soares no momento da decisão.
Com o golo, o emblema visitante melhorou o seu jogo, «respirava mais» no último terço do campo, mas o Boavista, de novo no confronto aéreo (muito agerrido neste parâmetro do jogo) a levar perigo à baliza de Miguel Silva, desta vez por Nuno Henrique.
E Moral foi o que trouxe o golo à equipa de Miguel Leal. O Boavista insistia na procura da liderança, com os seus avançados a recuarem no terreno - que jogo fazia Schembri - para formularem o ataque, a partir de trás, à baliza de Miguel Silva.
Por comparação, era nas recuperações de bola (destaque para uma jogada em que Raphinha falha um passe que isolaria Hernani) que o Vitória de Guimarães manifestava algum perigo , com os seus alas, sobretudo Rúben Ferreira, a serem verdadeiros aliados na reunião das tropas, para conseguir o golo, que apenas não chegou porque Soares rematou ao ferro, de ângulo reduzido.
A decisão do apuramento adiou-se para o prolongamento, depois de no tempo regulamentar nenhuma das equipas ter chegado ao golo. Importante referir que o Boavista, mesmo com menos um elemento desde os 91 minutos, não baixou muito no terreno e procurou a discusão do jogo, mas foi o Vitória que dominou para lá dos 90 e a Soares a quem pertenceu a melhor oportunidade de golo. No entanto, foi de bola parada que Hurtado garantiu o apuramento e faria o Estádio do Bessa tornar-se palco de um barulho ensurdecor.