O Braga está no segundo lugar do grupo H depois de conseguir a sua primeira vitória, ao quarto jogo. Os minhotos voltaram a sofrer primeiro, só que desta vez deram a volta ao marcador e contaram com a goleada do Shakhtar Donetsk na Bélgica por 3x5, que apura a turma de Paulo Fonseca e que deixa o Braga com a hipótese de se apurar já na próxima jornada se ganhar ao Gent.
Contar a história destes 90 minutos dá para muita coisa em matéria emocional. Um turbilhão de cenários que foi passando pela equipa de José Peseiro com o decorrer do tempo e que, sobretudo na primeira parte, muito oscilou.
O vento da sorte começou a mudar de direção quando as notícias vindas da Bélgica eram já mais risonhas: o Shakhtar daria a volta no primeiro tempo, o que acabou por se verificar também em Braga.
Primeiro, num golaço de Velázquez, a cabecear de forma exemplar uma bola vinda de um canto. Depois, com Wilson Eduardo a rematar de forma bonita num livre indireto à entrada da área. Pelo meio, uma rajada que fez tremer os arsenalistas: o capitão Mauro foi imprudente e viu o segundo amarelo no melhor período da sua equipa.
#SCBxKON: O SC Braga não tinha conseguido sair em vantagem ao intervalo nos 8 últimos jogos na UEFA. #playmaker #UEL
— playmakerstats (@playmaker_PT) 3 de novembro de 2016
José Peseiro não quis correr riscos, tirou Rui Fonte, meteu Tiba ao lado de Mauro e ouviu assobios, só que o tempo dar-lhe-ia razão. Ao intervalo, vencia só que com menos um elemento.
Um desequilíbrio que se ajustaria no arranque da segunda parte. Os turcos, mais quentes no sangue e com pouca prudência, viram Skubic ser expulso e dificultar a tarefa de evitar uma eliminação que parece um destino inevitável: vontade existe, qualidade nem tanto.
A vitória aconteceu mesmo e, aliada ao triunfo confortável do Shakhtar (apurado e assegurado no primeiro lugar), só que nem tudo foi bom. Mesmo em 10 contra 10, o Konyaspor, em idêntico 4x4x1, andou perto da baliza de Matheus.
Mudanças que complicaram e que foram dando crença ao adversário. Com vários ajustes, a equipa portuguesa teve que saber sofrer e só no final pôde respirar de alívio, com Ricardo Horta a contra-atacar para a baliza deserta, onde colocou o terceiro.
Contas feitas e o Braga, nada encantador, já vai no segundo lugar e pode selar o apuramento se ganhar na Bélgica na próxima ronda. O que convém, visto que o último jogo é contra o líder.