Na cabeça dos portistas, foi essa a pergunta, ao estilo lamentação, que surgiu ao minuto 25. Até aí, num jogo dividido e no qual os portistas tiveram as suas hipóteses de chegar à vantagem, a igualdade encaixava sobretudo com o ritmo muitas vezes lento do desafio, que até parecia estar a interessar mais aos dragões.
Só que, ao seu estilo matreiro que tanto caracterizou os foxes na época passada, o golo apareceu pelo inevitável Slimani, com cada vez mais gosto para a caça do dragão. Um golo que obrigava a uma postura mais convincente dos dragões.
Depois de um arranque interessante, no qual Adrián e André Silva voltaram a mostraram boa mobilidade e com hipóteses de, cada um, fazer o golo, era necessário aos dragões uma maior certeza no assumir do jogo.
Não houve essa capacidade. Otávio e André André, os dois falsos extremos, tendiam em demasia para o meio, o que podia ser bom sinal, mas não foi por duas razões: primeiro, os laterais (Layún e Telles) não conseguiam subir, atendendo aos perigos do adversários; segundo, os ocupantes da zona intermédia acumulavam-se ao meio, só que sem coordenação nem capacidade para tricotar jogo curto em tabelas.
No fundo, um futebol previsível e facilmente anulado pelo conjunto de Ranieri, quer no fim da primeira parte, quer no início da segunda.
As substituições melhoraram os dragões, com Nuno a apostar em peças que podiam dar precisamente essa agitação que era necessária. Herrera entrou bem, Jota também e Corona sobretudo. Aliás, porque é que o mexicano não tem direito a mais tempo de jogo? Fez mais em 13 minutos do que muitos no jogo inteiro.
Só que, nessa altura, já o Leicester respirava e transpirava confiança, cientes de conseguirem a sua segunda vitória em dois jogos, a primeira no seu jogo de estreia no King Power Stadium. Já o FC Porto...