Eficácia e objetividade. Foi assente nestas duas virtudes que o Sporting saiu de Vila do Conde com mais três pontos e a liderança - partilhada com o FC Porto - da Liga NOS. O Rio Ave pecou em demasia quando não podia e o leão não foi de modas, marcando os dois golos da vitória por 2x1 nos dois primeiros remates.
A vantagem não trouxe, porém, a segurança necessária ao jogo do leão – que contou com Aquilani no lugar de João Mário. O Rio Ave organizou-se a partir do erro de Wakaso e até ao segundo golpe fatal foi a melhor equipa no relvado dos Arcos. Entre os 10 minutos – momento do golo de Adrien – e os 36', foram cinco as ameaças dos vila-condenses; a melhor saiu do pé de Zeegelaar, que acertou no poste esquerdo da baliza de Rui Patrício.
O vento do jogo soprava a favor dos da casa, mas um voo em falso de Cássio, aos 39 minutos, desviou-os da rota; Slimani estava lá para a sobra e encostou, de cabeça, para o segundo golo do Sporting. A frieza e o cinismo do leão castigavam, assim, sem piedade um conjunto do Rio Ave abnegado mas traído por dois dos seus.
Os dois erros individuais traçaram, irremediavelmente, o destino do jogo. Mas o segundo tempo provou a melhor face do Rio Ave. Não houve toalha atirada ao chão, antes a busca de qualquer coisa num jogo que estava perdido. Pedro Martins pensou o jogo e mudou-o. Ao intervalo deixou Bressan no balneário e lançou Kayembe; o belga foi um poço de vitalidade e a origem do renascimento do sonho.
No entanto, a incerteza terminou com o apito final. O Rio Ave tentou, mas nem sempre com o melhor discernimento. O leão segurou, quase sempre sem passar por calafrios de maior; e até podia ter fechado as contas mais cedo, mas perdoou. No fim, triunfo por 2x1, escrito em dois momentos fulcrais no primeiro tempo.