Ensaio geral muito positivo do Sporting, a uma semana da Supertaça frente ao Benfica. O leão mostrou-se ao sócios e não desiludiu. Agressiva, dinâmica e já com uma defesa bem menos instável, a equipa de Jorge Jesus bateu a AS Roma por 2x0, com golos de Slimani e Carlos Mané.
É inevitável ligar o onze desta noite ao jogo da Supertaça do próximo dia 9. Pela proximidade temporal e pelo facto de este ter sido o último teste do leão antes do tão aguardado clássico com o Benfica no Algarve. O 4x4x2 de Jorge Jesus já deixou pistas claras sobre quem vai atacar de início o primeiro troféu da época.
Da frente para trás, Teo Gutiérrez e Islam Slimani surgem como primeiras escolhas. O colombiano foi dono de pormenores interessantes frente aos romanos, embora seja notória a falta de familiaridade com o meio-ambiente. O parceiro argelino é peixe bem mais dentro de água e só não marcou logo aos 3 minutos porque De Sanctis chegou primeiro à bola cruzada por Jefferson.
O mesmo Slimani voltou a estar perto do golo (54'), mas Szczeny, que tinha entrado, defendeu. Ameaças que viraram golo aos 63 minutos. Canto de Jefferson e o argelino, à ponta de lança, subiu às nuvens e cabeceou de cima para baixo; a bola entrou junto ao poste esquerdo e Jesus festejava o primeiro golo em Alvalade.Nos corredores ofensivos, Carrillo e Bryan Ruiz. O reforço costa-riquenho esteve em campo nos primeiros 45 minutos e sentiu falta de bola. Isto porque Jefferson é dono e senhor da ala esquerda, subindo como poucos e «empurrando» Ruiz para posições mais interiores. Foi aí que encontrou mais protagonismo, embora também ele – à semelhança de Teo – ainda procure ambientar-se à nova casa.
No miolo, Adrien, o capitão voltou a ser o «6» na ausência de William Carvalho, auxiliado pelo «8» João Mário. Os dois, ainda que sem comprometer, não deslumbraram. Houve problemas maiores na primeira fase de construção e o Sporting de ataque sofreu um pouco com isso. E só não pagou com golos porque numa dessas má decisões na saída Francesco Totti atirou por cima.
Por fim, a defesa. Naldo esteve seguro e descansou um pouco a família verde e branca depois de um primeiro período de apreensão. O defesa central só não foi o melhor da linha defensiva porque Jefferson continua em alta rotação. O lateral esquerdo é o desequilibrador do jogo leonino, com subidas constantes e cruzamentos venenosos. Foi dele a assistência, mas mais golos podiam ter nascido no pé esquerdo do brasileiro.
No mar de substituições que se seguiram, Carlos Mané é o homem que merece destaque. Esteve sublime na assistência para Slimani na bola que Szczeny defendeu e aos 63 minutos acabou por selar o triunfo do leão, com um remate oportuno para o 2x0 depois de uma bola «perdida» na área romana. É certo que Bryan Ruiz tem nome e, com tempo e adaptação, deverá ser dono de uma das alas, mas Mané deixou um sinal, pelo menos, para a Supertaça.