Inspiração de Vargas valeu mais que a transpiração peruana

O Chile derrotou o Peru por 2x1 e está na final da Copa América. Eduardo Vargas foi a grande figura de uma partida onde o sportinguista Carrillo foi titular e mostrou serviço. Bem se pode dizer que a inspiração de Eduardo Vargas valeu mais que a transpiração peruana.

Com as habituais picardias, que já se tornaram rotina nesta competição, o Chile entrou nervoso e, porventura, surpreendido por um Peru que mostrou boa circulação de bola, sempre embalado por um Guerrero muito combativo na frente.

O jogo corria de feição para os peruanos, que tinham ascendente, mas Zambrano foi expulso, aos 20 minutos, depois de uma entrada por trás diante de um adversário chileno. O jogo mudou e passou a decorrer mais no ataque do Chile, com a bola chegar mais a homens como Alexis Sánchez e Valdivia. Os chilenos começaram a ameaçar as redes de Gallese e chegaram mesmo ao golo, aos 42 minutos, por Vargas, na sequência de um lance bem desenhado pelos seus homens da frente mas onde sobram dúvidas da posição de Vargas no lance.

Com Carrillo e Advíncula no onze titular (Hurtado ficou no banco), o Peru foi para os balneários reduzido a 10 jogadores mas com a certeza de que na segunda parte ia lutar para reentrar na decisão do encontro. Tal como no primeiro tempo, os peruanos voltaram a entrar melhor na segunda metade mas seria o Chile a marcar, aos 56', embora o golo não tenha sido considerado; a equipa de arbitragem assinalou (mal) um fora de jogo ao ataque chileno.

Golo do Peru com carimbo da Liga portuguesa

Aproveitou o Peru que subiu as linhas e chegou ao empate, aos 61 minutos, através de um autogolo de Gary Medel. Advíncula desceu pelo corredor direito, tirou um cruzamento forte e Medel, pressionado por Carrillo, tentou evitar que a bola pudesse chegar ao sportinguista mas teve a infelicidade de marcar na própria baliza.

A reação chilena não se fez esperar. Aos 64', Eduardo Vargas recolocou os homens da casa na frente com um remate forte e colocado do "meio da rua", não dando chances a Gallese.

Já restavam poucas forças aos peruanos que viram Carrillo sair já dentro do último quarto de hora da partida. O jogador do Sporting fez um jogo de muito esforço. Começou como extremo direito, passou para defesa-esquerdo - isto depois da expulsão de Zambrano e até final da primeira parte -. No segundo tempo, Carrillo ainda esteve no lance do golo peruano e ajudou muito a sua equipa tanto a defender como a atacar. Certo é que, tal como La Culebra, não chegou ao Peru a garra, pois faltaram forças, sobretudo nos últimos minutos. Aí, o Chile foi gerindo a posse, enquanto que o Peru tentou chegar ao golo de todas as formas e feitios, mas sem sucesso.

Os chilenos estão na final da competição que decorre em sua casa e esperam pelo adversário da final que sairá do embate entre Argentina x Paraguai.