Vic-54 25-04-2024, 06:41
Fã de um bom prato de puré cozinhado pelas mãos da Dona Luísa, Rui Patrício foi considerado o melhor guarda-redes do Campeonato da Europa de 2016 e está entre os finalistas à Bola de Ouro, pela France Football. O zerozero foi conhecer o outro lado do número 1 das redes portuguesas e leoninas.
O miúdo de Matoeira, freguesia de Regueira de Pontes, e que começou a jogar no Sport Clube Leiria e Marrazes é, nos dias que correm, um dos nomes históricos do Sporting e da seleção nacional, visto como o sucessor de Vítor Damas entre os postes.
Rui Patrício 11 títulos oficiais |
Se hoje está no Sporting a Aurélio Pereira o deve. Foram os relatórios feitos pelos olheiros leoninos, que disseram maravilhas do rapaz, depois de um torneio em Pataias, Alcobaça, que fizeram o "Senhor Formação" apostar na contratação de Rui Patrício. O Sporting pagou, na altura, qualquer coisa como 1500 euros.
Começou por dividir a sua vida entre o Marrazes e o clube leonino, enquanto ia prestando provas. Treinava no clube da terra, jogava pelos escalões mais jovens leoninos até que o Sporting decidiu avançar para a sua contratação em definitivo.No dia em que pela primeira vez assinou contrato pelo Sporting, e como chegou a revelar em tempos à RTP, a Dona Luísa (mãe do jogador) não escondeu que ficou a «chorar no quarto lá de casa», enquanto o pequeno Rui colocava o 'preto no branco' com o emblema leonino.
As lágrimas de emoção por ver o filho assinar por um grande do futebol nacional misturavam-se com lágrimas de tristeza - tudo porque o coração de mãe estava ciente de que ia ficar mais longe do seu menino, ele que procurava o sonho do futebol.
Rui Patrício, de 28 anos, está a cumprir a sua 11.ª temporada ao serviço do plantel principal do Sporting. Mas se o Pedro, como ainda hoje a mãe o trata, vai eternizando o seu nome através das mãos para defender as redes, o mesmo não se pode dizer na cozinha. Dizem que não tem "jeitinho" nenhum entre tachos e panelas.
Na escola, embora não fosse menino de coro, dizem que era bem comportado. Todavia, nunca quis muita "conversa" com os livros. A baliza atraiu-o sempre mais e as defesas de Vítor Baia, o seu ídolo, fizeram-no acreditar que podia seguir as suas pisadas.
Se não fosse o futebol, imaginou que podia ser professor de Educação Física. Atualmente, os ensinamentos que vai deixando moram todos enquadrados entre os postes.