Numa noite em que o coletivo encarnado prevaleceu, construindo um triunfo em Kiev (2x0) sobretudo assente na maturidade e personalidade da equipa de Rui Vitória, cinco nomes acabaram por se destacar positivamente: Ederson, Fejsa, Pizzi, Cervi e Gonçalo Guedes.
Enquanto houve «pulmão» - e houve quase até ao fim -, Ljubomir Fejsa e Pizzi foram o garante da solidez encarnada que Rui Vitória destacou no final do encontro. O sérvio foi igual a si próprio em grande parte do tempo; robusto, implacável na recuperação e rápido a recuperar posição. roubou quase sempre espaço para que os médios do Dynamo Kyiv construíssem jogo.
Ao seu lado teve Pizzi, responsável pela segunda fase de construção depois do trabalho «sujo» de Fejsa. Criterioso no passe - tirando uma ou outra exceção -, foi quase sempre ele a servir Salvio e Cervi nas linhas ou o irreverente Gonçalo Guedes nas suas deambulações pela frente de ataque; e ainda recuperou bolas à semelhança de Fejsa.
No esqueleto de um conjunto mais focado em conduzir o jogo de forma cerebral, Franco Cervi e Gonçalo Guedes foram os elementos mais soltos e dinâmicos e que muito trabalho deram à linha defensiva dos ucranianos; sobretudo o português, que entre arrancadas pelas linhas - onde ganhou a grande penalidade - ou a partir de trás, levou sempre o perigo consigo.
Franco Cervi atuou pelo mesmo diapasão - que «nó» que ele deu a um ucraniano aos 33 minutos! -, para além de ter sido um apoio constante a Grimaldo na hora de defender. Marcou o segundo do Benfica, aos 55 minutos, aparecendo em zona de finalização, numa espécie de prémio pessoal pela boa exibição.
Quando o Benfica acusou a quebra física, pouco depois da hora de jogo, Ederson apareceu para dar segurança e manter a baliza fechada. O internacional brasileiro teve três momentos decisivos nos quais evitou que o Dynamo reentrasse na partida. Aos 55 minutos, com uma defesa com os pés; aos 66', numa dupla defesa fantástica, e aos 86', com nova intervenção decisiva.
0-2 | ||
Toto Salvio 9' (g.p.) Franco Cervi 55' |