Esta sexta-feira marcou o dia em que um futebolista passou a integrar o grupo de ilustres cidadãos nacionais que conquistaram o direito a ter o Panteão Nacional como última morada.
Neste dia, Eusébio da Silva Ferreira voltou a ser lembrado pelas mais altas entidades de Portugal mas também por quem privou de perto com ele.
Rui Costa, administrador da SAD do Benfica, enalteceu o Pantera Negra. «Faz-me confusão porquê tanta surpresa por ter sido o primeiro desportista. Estão aqui os nomes mais importante deste País e Eusébio é um dos nomes mais importantes deste País. Não importa a profissão mas sim a importância que tinha para o País. Eusébio levou Portugal aos quatro cantos do mundo e faz todo o sentido que esteja aqui», disse o antigo internacional português, que entrou na Luz "pela mão" de Eusébio (foi ele quem viu em Rui Costa potencial para envergar a camisola das águias).
O Presidente da República destacou no seu discurso o «exemplo» que Eusébio representa. «Eusébio é património de todos. É uma referência como desportista para as novas gerações. Era admirado por milhões e tratava todos com simplicidade. Com esta cerimónia, o Estado exprime a sua gratidão a uma lenda do futebol e admirada em todo o mundo. Agora vai estar ao lado de grandes nomes da nossa sociedade», disse Cavaco Silva.
Assunção Esteves, presidente da Assembleia da República, falou de um «vencedor que se fez mito». «Milhões seguiram o passo da sua corrida, da arte e vibraram com os seus golos. Trouxe-nos um mundo sem passaporte e controlo. Eusébio era um fazedor dos sonhos da alegria», explicou.
Sobre o Pantera Negra, o Presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, destaca «a sua forma de ser e de estar» e a «forma espetacular» como representou Portugal. O dirigente acrescentou ainda que esta distinção é fruto daquilo «que [Eusébio] representou em termos do Desporto nacional e por aquilo que representou como figura incontornável da sociedade portuguesa».Eusébio
19 títulos oficiais
No país natal de Eusébio, o presidente da Federação Moçambicana de Futebol, Feizal Sidat, diz A Bola, considera que seria devida uma homenagem a um jogador tão apreciado por aquelas terras. Para o dirigente, uma estátua ou uma rua com o nome de Eusébio seria um justo tributo.
O antigo internacional português morreu a 5 de janeiro de 2014. Os seus restos mortais deram entrada no Panteão Nacional perto da 20 horas deste dia 3 de julho de 2015, depois de ter saído do cemitério do Lumiar e ter passado pelo Estádio da Luz, pela sede da Federação Portuguesa de Futebol, Assembleia da República e algumas artérias da capital. Agora, permanecerá, a partir desta sexta-feira, no Panteão Nacional.
Artigo atualizado às 21h18