Resultado que não deixa margem para dúvidas quanto àquela que foi a melhor em campo e que permitiu ao FC Porto manter a distância de 4 pontos para o Benfica, ao mesmo tempo que dá uma enorme injeção de moral ao conjunto orientado de Julen Lopetegui, que venceu o primeiro clássico esta temporada.
Após um primeiro tempo equilibrado, em que Cristian Tello conseguiu fazer a diferença após assistência de Jackson Martínez, o segundo tempo foi completamente diferente, com o FC Porto a superiorizar-se ao Sporting e a ampliar um resultado que chegou a ter contornos de goleada, quando Marcano atirou à barra já depois de Tello ter assinado o hat-trick.
Quanto ao Sporting, que não conseguiu incomodar o guarda-redes Fabiano ao longo dos 90 minutos, realizou uma das piores segundas partes da época e deixa o Dragão a 12 pontos da liderança e com apenas o SC Braga, quarto classificado, a 1 ponto de distância.
Jackson assistiu Tello no único colorido da primeira parte
Uma disputa de bola ganha por Herrera no meio campo, um domínio de peito e um passe de calcanhar de Jackson Martínez que permitiu isolar Cristian Tello na jogada em que o espanhol conseguiu bater Rui Patrício, aos 31 minutos, deu o colorido necessário a uma primeira parte cinzenta e pouco atrativa para a qualidade existente nas duas equipas.
O equilíbrio foi a nota dominante, especialmente durante a primeira hora. As equipas encaixaram-se e a maior posse de bola que o FC Porto apresentou foi na sua maioria conseguida em zona defensiva, o que por vezes motivava alguns assobios dos adeptos azuis e brancos. O Sporting, por sua vez, jogava mais na expectativa de aproveitar algum erro adversário, nomeadamente nos passes errados que Marcano e Maicon realizaram ao longo da primeira metade do encontro.
Só à entrada para os últimos 15 minutos do primeiro tempo é que o jogo se tornou mais agitado. Primeiro, Herrera sentou os dois centrais do Sporting e depois tentou marcar em jeito e a bola saiu por cima da baliza de Rui Patrício. Foi uma espécie de aviso para o que aconteceria apenas um minuto depois, com o golo do FC Porto apontado por Cristian Tello.
Com o golo sofrido, o Sporting procurou subir as linhas e ter uma reação, mas a única amostra disso foi um remate de André Carrillo por cima. O peruano conseguiu soltar-se da marcação e armou o remate. Foi um dos raros lances ofensivos dos leões ao longo dos primeiros 45 minutos, muito por culpa da atuação de Evandro, que deu ao conjunto azul e branco o equilíbrio que Lopetegui pretendia com a sua inclusão no onze e ainda ajudou a anular Nani e João Mário, dois dos habituais desequilibradores do Sporting.
Dragão ampliou na altura certa e deitou leão ao tapete
Ao contrário do que aconteceu no primeiro tempo, o FC Porto entrou a mandar no jogo na etapa complementar, obrigando o Sporting a recuar demasiado no terreno. Fruto disso começou a aproximar-se com perigo da área leonina e da baliza de Rui Patrício, tendo estado perto de ampliar a vantagem por duas ocasiões, ambas por intermédio de Jackson Martínez.
Mas esta era a noite do colombiano assistir Cristian Tello. Após ter feito o passe que isolou o extremo espanhol no lance do primeiro golo, o colombiano voltou a fazer aos 58 minutos. Num passe que rasgou a defesa leonina, Tello aproveitou para rematar para o fundo da baliza de Rui Patrício.
Foi um duro golpe para o Sporting, até porque quando o golo surgiu, Slimani e Diego Capel estavam a ouvir as instruções para entrar em campo. Apesar do revés, Marco Silva optou por manter as duas apostas mas com a tranquilidade do resultado e a entrada de Ricardo Quaresma, que tornou o jogo azul e branco mais objetivo, o FC Porto manteve o controlo do jogo e não houve registo de uma situação que tivesse incomodado Fabiano.
Com a gestão do resultado, os dragões acabaram por deixar de pressionar tão alto e permitir que o Sporting estendesse mais o seu jogo no terreno. Mas a defesa azul e branca nunca permitiu que os leões causassem perigo e num lance de processos simples chegaram ao 3x0, com Herrera a fazer um passe para as costas dos defesas verdes e brancos, onde apareceu Tello para assinar o hat-trick. Definitivamente, a noite era dele...