Chelsea derrota Tottenham
Desvios especiais devolvem Mourinho ao sucesso (2x0)
Com dois remates 'felizes', por a bola desviar em adversários, o Chelsea bateu o Tottenham e conquistou a quinta Taça da Liga do seu historial, a terceira com Mourinho ao leme. Quase três anos depois, o português volta a reforçar o seu palmarés com mais um título, o primeiro depois do seu regresso a Inglaterra.
Zouma foi a surpresa
Mourinho não podia contar com o castigado Matic e era expectável que fosse Obi Mikel ou mesmo Ramires a ocupar a posição do sérvio. Mas foi o central o escolhido para jogar a 6.
Golo contra a corrente
A um arranque mais forte dos blues, os spurs responderam com prudência. Com base na segurança posicional, a equipa do Tottenham cedo conseguiu tapar os caminhos para a baliza de Lloris e suster as aspirações do Chelsea numa entrada a todo o gás.
Mourinho surpreendeu na utilização do médio mais recuado, mas manteve-se fiel ao estilo de jogo. Apoiado, sem grandes correrias, matreiro e seguro, o conjunto do treinador português não fugia da sua lógica e não considerava a final um motivo para sair de uma rotina assente na inteligência de Fàbregas, no virtuosismo de Hazard e na capacidade física de Diego Costa.
Contudo, também o Tottenham se mostrava fiel à filosofia que tem vindo a ser implementada por Pocchetino nos últimos meses, com resultados que se vêm a revelar num crescendo progressivo. Harry Kane era a peça mais adiantada e, seguramente, um dos jogadores em melhor forma em Inglaterra.
Resumindo, jogo encaixado, cauteloso e apenas tremido por uma bomba de Eriksen à trave de Petr Cech. A meio da primeira parte, o miolo do Tottenham acelerou processos, passou a tratar a bola de forma mais célere e, por isso, é justo dizer que foi contra a corrente do jogo que Terry abriu o marcador, num remate que foi tocado por Dier antes de bater Lloris.
Troféu escrito a azul
Foi, também, com um desvio que os blues chegaram ao segundo golo, esse já no arranque da segunda parte, esse numa tendência de jogo diferente. Quando as equipas voltaram dos balneários, foi novamente o Chelsea a entrar melhor, se bem que, desta vez, de forma mais decidida.
Marcou e continuou na mesma toada, diante de um Tottenham que acusou em demasia esse segundo golo e que demorou muito a colocar em prática as ideias do treinador argentino, de forma fatal.
Vontade nunca faltou à turma dos spurs, mas a clarividência nunca mais foi a mesma. Com a agravante de, pela frente, estar uma equipa muito experiente e sábia na gestão defensiva de um resultado que, por mérito do setor recuado dos blues, não se alterou.