A mudança de Júlio César para a Luz, no último verão, deixando para trás o Queens Park Rangers foi, segundo o irmão do guarda-redes, uma «renovação de vida».
Janderson Espíndola, em declarações ao jornal A Bola, destaca o momento em que o Benfica surge na carreira do guarda-redes internacional brasileiro.
«Ele tinha acabado um Mundial em que não foi feliz, pelo que todos sabem [o Brasil foi goleado por 7x1 pela Alemanha e perdeu 3x0 com a Holanda no Mundial 2014]. Até foi melhor do que em 2010, quando assumiu sozinho a culpa no jogo com a Holanda. Deu a volta por cima e recuperou o prestígio de grande guarda-redes», afirma o irmão do guardião, traçando em revista o passado recente de Júlio César, sobretudo no que diz respeito à canarinha.
Júlio César tinha contrato com os ingleses do Queens Park Rangers, que o tinham emprestado aos canadianos do Toronto FC e estava, de acordo com Janderson, «um pouco desanimado» com esse cenário de regresso.«Entre Benfica e QPR não há comparação. O Benfica é conhecido mundialmente, passaram lá grandes jogadores. Já tinha havido um convite antes, havia um namoro. E graças a Deus houve essa possibilidade outra vez», congratulou-se, considerando que Júlio César renasceu na defesa da baliza encarnada.
«É uma felicidade. Foi uma renovação de vida, é uma felicidade tamanha. Mas o Benfica também ficou muito bem servido. Júlio é um grande guarda-redes, um grande profissional, uma grande pessoa», enalteceu, de seguida corroborado pela mãe, Fátima.
«Ele costuma dizer que se soubesse que ia ser tão feliz no Benfica teria ido antes».
O dia em que o irmão bateu o outro
Janderson seguiu a carreira de avançado, Júlio César, mais novo, a de guarda-redes. Um dia encontraram-se em campo, como adversários.
«Foi em 2001, no Campeonato Carioca. Eu jogava no Bangu e ele no Flamengo. Marquei, sim, mas isso não diminuiu a nossa irmandade. Lembro-me que houve um cruzamento, a bola passou pela defesa e sobrou para mim. Eu empurrei. Ele não teve que me perdoar, ganhou esse jogo», recorda, entre sorrisos.