Sporting eliminado
Canivete suíço serviu para trancar a porta ao Sporting (0x0)
Diego Benaglio. É um nome que soa a familiar ao adepto português, mas que há algum tempo não deixava marca em solo nacional. Voltou e fê-lo em Alvalade, fechando todas as portas da esperança a um Sporting que só na finalização não foi superior ao Wolfsburg. Fica a vitória moral, embora o pesado adeus às competições europeias esta época.
Tanaka na frente
Nem Montero, nem Slimani. Tanaka tinha marcado contra o Gil Vicente e Marco Silva deu-lhe a titularidade. Bem tentou, mas Benaglio ganhou-lhe sempre os duelos.
Benaglio de olhos em bico
Da primeira parte bem se pode dizer que a bola não entrou porque não quis... e porque havia Diego Benaglio. A receita para almejar discutir a eliminatória era simples: marcar cedo, enervar os alemães e injetar confiança nas hostes leoninas.
Nani foi dos que mais tentou ©Carlos Alberto Costa
Quase tudo foi bem feito. A pressão alta, a mobilidade de Adrien Silva e João Mário entre linhas, a procura do jogo flanqueado e do virtuosismo de Nani e de Carrillo e ainda a forma eficaz como as peças mais importantes do Wolfsburg foram anuladas.
Faltou apenas o golo, bem essencial para acalentar o coração sportinguista, que tinha a fibra e a intensidade de um leão faminto de sucesso, louco por uma alegria e pela continuidade na Europa. A atitude foi exemplar, dos jogadores aos adeptos, o golo é que não aparecia.
Tanaka, a novidade no onze, foi quem mais tentou. Nani e Carrillo seguiram-lhe o exemplo. Só que Benaglio estava imparável, imbatível. O suíço foi gigante a segurar a vantagem de dois golos que tinha sido conseguida na Alemanha. Quando falhava, havia sempre um colega a ajudar.
Goleada nas bancadas
Eram alguns os adeptos do Wolfsburg, mas nunca se ouviram. Os 23 mil puxaram sempre pelo Sporting e não foi por falta de apoio que a equipa não continuou nas provas europeias.
Corrida contra o tempo
Para a segunda parte, o figurino da partida não se alterou muito. O Sporting continuou na sua toada de ataque, indiferente à velocidade do relógio, mas a desesperar com a forma como a bola não entrava.
Slimani voltou, mas nem ele conseguiu ©Carlos Alberto Costa
Pelo meio, uma bola no ferro de Patrício, enviada por De Bruyne, como que um pedaço de água num deserto de ideias que era o ataque germânico - em boa verdade, precisava mais de ser eficaz defensiva do que ofensivamente.
E foi precisamente nisso que continuou a primar. Para o Sporting, havia sempre um toque a mais, uma finta a mais, uma corrida a mais. A promessa de Marco Silva na véspera (dizia que a sua ambição era enorme e que a iria transmitir à equipa) concretizou-se. Dava para sentir que os jogadores queriam esta eliminatória, mais do que tudo o resto. Mas tal foi em vão.
Tanaka foi quem mais falhou ©Carlos Alberto Costa
A atitude foi idêntica, do primeiro ao último minuto. Entrou Slimani, Montero, Carlos Mané. Tudo o que era possível, o treinador fez e os jogadores tentaram. Só que, de forma desesperante, a bola continuava a não entrar.
No fim, o gosto amargo de um empate prejudicial e que atiraram os leões para fora das competições europeias. Novamente os alemães a seguirem em frente. E novamente os adeptos a aplaudirem de pé uma equipa que só se pode queixar da falta de eficácia.