Lisboa no centro do futebol europeu, a décima do Real Madrid, o triplete do Benfica, o Atlético campeão, 18 anos depois. Maio foi mês de conquistas e celebrações, mas também de mudanças – Marco Silva no Sporting, Julen Lopetegui no FC Porto –. Foi ainda no quinto mês de 2014 que Paulo Bento divulgou os 23 mundialistas e que o mundo do futebol ficou mais pobre ao ver Javier Zanetti pendurar as chuteiras.
Maio foi o mês em que Espanha se mudou para Lisboa e a capital portuguesa se tornou no palco do futebol europeu com a final da Liga dos Campeões realizada no estádio da Luz. O jogo decisivo da prova regressou a território português, onde já não voltava desde 1967, quando o Jamor viu o Celtic sobrepor-se ao Internazionale.
Altético, 18 anos depois
Em Espanha, precisamente, uma semana antes dessa final de Lisboa, o Atlético de Madrid sagrou-se campeão, 18 anos depois. Comandados por Diego Simeone, os colchoneros chegaram ao seu décimo título do campeonato espanhol, após empatarem a um golo no jogo decisivo, na casa do Barcelona.
Em Inglaterra foi o Manchester City a celebrar, depois de uma temporada em que o Liverpool parecia estar de regresso às conquistas na Premier League. Manuel Pellegrini sagrou-se campeão na sua época de estreia em Inglaterra, para onde rumou deixando para trás o Málaga.
Benfica, no melhor e no pior
Maio começou bem para os comandados de Jorge Jesus. Já campeão, o Benfica foi a Leiria bater o Rio Ave por 2x0 na final da Taça da Liga, aumentando para cinco (em sete) o número de conquistas nesta edição da prova nacional.Dias depois, no entanto, as águias voltaram a cair em desgraça (já no ano passado haviam perdido o jogo decisivo da prova com o Chelsea), perdendo a final da Liga Europa ante o Sevilla, em Turim. O jogo terminou sem golos e foi decidido nas grandes penalidades, nas quais o internacional português Beto fez a diferença, defendendo duas. Os andaluzes festejaram a conquista da segunda prova de clubes mais importante da Europa pela terceira vez na sua história, depois do bi em 2005/06 e 2006/07.
O moral dos encarnados, no entanto, foi reposto dias depois, no Jamor, quando voltaram a bater o Rio Ave, desta feita na Taça de Portugal e por 1x0. Nico Gaitán foi o homem do jogo, fez o golo do triunfo do Benfica, que voltou a celebrar a conquista da prova rainha do futebol luso dez anos depois. Jorge Jesus conquistou pela primeira vez na sua história a Taça de Portugal, celebrando um triplete – campeonato e Taça da Liga – inédito em Portugal.
Dança dos treinadores
Foi também no quinto mês de 2014 que se registaram mudanças no comando técnico de dois grandes em Portugal.
«Não estou arrependido com a aposta feita. Foram criados laços de amizade mas também profissionais mas a vida é mesmo assim». Palavras de Bruno de Carvalho, presidente do Sporting, quando anunciou a saída de Leonardo Jardim do comando dos leões, que rumou ao Monaco. No dia seguinte, Marco Silva era apresentado na sala de imprensa de Alvalade.Já antes, mais no início do mês de maio, Pinto da Costa surpreendeu ao apresentar Julen Lopetegui, ex-selecionador dos Sub-21 espanhóis, como novo comandante do FC Porto, com um contrato válido por três temporadas.
Os 23 mundialistas
André Almeida, Rafa e Vieirinha foram as novidades nos 23 divulgados por Paulo Bento para o Mundial 2014, que se realizou no Brasil. Entre os convocados pelo selecionador nacional, 11 estrearam-se em fases finais de um Campeonato do Mundo: Rui Patrício, André Almeida, João Pereira, Luís Neto, William Carvalho, Rafa, Éder, Nani, Silvestre Varela e Vieirinha.
O fim de um mito
Aos 40 anos Javier Zanetti decidiu pendurar as chuteiras. Um dos melhores laterais-direitos de sempre anunciou, em maio, o fim da sua carreira de futebolista. O capitão, que chegou ao Internazionale na temporada 1995/96, despediu-se com mais de 850 jogos, tendo festejado cinco campeonatos, quatro Taças de Itália, quatro Supertaças, uma Liga dos Campeões e uma Liga Europa, bem como um Mundial de Clubes.