É tempo de «olhar para a frente», adelante em bom espanhol, e deixar o passado para trás, apesar de se tirarem lições para corrigir os erros cometidos. Palavras de Julen Lopetegui que garante que a derrota com o Sporting já era e que pretende uma equipa focada, apenas e só, na receção ao Athletic, o «adversário mais exigente» do FC Porto até ao momento.
«É sempre bom voltar a jogar rapidamente depois de um jogo que não conseguimos vencer. É uma oportunidade para voltar a vencer. Mais ainda um jogo desta importância e tão bonito como o de amanhã. Temos que demonstrar, em campo, que temos vontade de fazer um bom jogo e dar uma boa resposta ante o adversário mais exigente até agora», começou por dizer o treinador dos dragões, em conferência de imprensa, perspetivando o desafio com o Athletic, marcado para as 19h45 desta terça-feira.
A partida surge dias depois da derrota com o Sporting e consequente eliminação da Taça de Portugal. O treinador dos dragões não quer uma equipa a olhar para o que está para trás.
«É sempre preciso corrigir coisas, no FC Porto e em todas as equipas. Sofremos golos em lances nos quais há mais demérito nosso do que mérito do adversário. Temos de ser mais inteligentes nas decisões que tomamos durante os jogos. Somos conscientes e responsáveis e temos de continuar a crescer. Há muitas coisas que a equipa faz bem. Não cometer erros é algo que todas as equipas tentam», simplificou Lopetegui, rematando o tema passado:
«Temos que dar a mesma resposta como se tivéssemos ganho [ao Sporting]. Estamos concentrados a 100 por cento no jogo de amanhã. Não temos nem queremos ter outra opção. Já viramos a página, não devemos olhar para trás mas para a frente, sabendo que temos que melhorar, como é lógico».
Muniain (Ahletic) foi bicampeão europeu sub 21 pela Espanha. Vai reencontrar Lopetegui, treinador do último título (2013). #playmaker
— playmaker stats (@playmakerstats) 20 outubro 2014
Especificamente sobre a propagada rotatividade do plantel e as mudanças na equipa, que lhe têm valido muitas críticas, Lopetegui mostra-se inflexível nas suas ideias:
«Não estou dependente da rotatividade. Tomamos as decisões que achamos melhores consoante os jogos. Estou dependente de dar uma boa resposta a cada jogo. Há muitos jogadores que são habituais, não há histórias nesse aspeto», apontou, rematando o tema.
Athletic será o mais difícil
Quanto ao adversário, a equipa de Bilbau, que ocupa, atualmente, o 16.º lugar na tabela espanhola, Lopetegui deixa muitos elogios.
«O Athletic tem grandes jogadores e o lugar no qual está na Liga Espanhola não quer dizer nada», apontou, rejeitando ideias pré-concebidas em relação ao clube espanhol pelas estatísticas, que dizem que é a equipa com mais passes falhados nos dois jogos já realizados até ao momento na liga milionária.
«Na Champions, tentar pensar no que vai acontecer amanhã pelo que a equipa fez antes não adianta nada. São dados, estatísticas, não passam daí. Todos falavam do BATE e foi uma equipa que se apresentou de forma muito competitiva. As épocas são longas e existe a tendência de começar a fazer contas cedo, para o bem e para o mal», lembrou.
O facto de ser espanhol e de o adversário do FC Porto ser da sua nacionalidade não é, para o técnico azul e branco, uma vantagem sobre Ernesto Valverde, treinador do Athletic.
«Tudo o que de bom nos acontecer, será por nossa própria culpa e por aquilo que formos capazes de fazer. Queremos muito fazer um bom jogo, vencer e dar essa alegria aos nossos adeptos. Acho que ele [Valverde] nos conhece, hoje em dia não há surpresas ou tentamos que não haja. De certeza que ele nos conhece perfeitamente e eu, logicamente, a eles».Já em jeito de remate, e questionado sobre os sentimentos que possui em relação ao facto de defrontar uma equipa do seu país e da sua zona natal, o País Basco, Lopetegui levantou um pouco o véu sobre as suas raízes.
«Jogar contra uma equipa da minha terra é importante e o Athletic é especial, tem um encanto especial. Sou um admirador do Athletic e possuo o máximo respeito pela sua história, política e pela forma como as pessoas vivem o futebol», enalteceu o antigo guarda-redes, que se formou e jogou no rival do Athletic, a Real Sociedad.
Notícia atualizada
2-1 | ||
Héctor Herrera 45' Ricardo Quaresma 75' | Guillermo Fernández 58' |