A história da vitória encarnada na Covilhã, este sábado à noite, frente ao Sporting local, guarda para sempre um nome acima de todos os outros: Jonas. A vitória pertence-lhe quase por inteiro. Os três golos são a face mais visível de um predestinado para os golos. Já o tinha mostrado perante o Arouca e, esta noite, voltou a mostrar serviço.
Como se calculava, Jorge Jesus fez muitos acertos em relação ao último jogo dos encarnados e deu a vez a alguns jogadores que não têm tido tantas oportunidades. André Almeida fez de Maxi, César e Lisandro Lopéz formaram dupla no eixo central, enquanto que Benito foi o dono do lado esquerdo da defesa. Cristante ocupou a posição 6. No ataque, Bebé, Ola John e Pizzi apareceram no apoio de Jonas e Derley.
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— Sport Lisboa Benfica (@SL_Benfica) 18 outubro 2014
Facilitar ou dar oportunidade aos novos? Esta era a questão/dúvida que pairava na mente dos benfiquistas que defrontavam um Sporting da Covilhã com muita vontade e na máxima força com Taborda, Tatui e Soares, entre outros nomes fortes da equipa, no onze.
Se era de esperar um Benfica forte a criar várias oportunidades de golo, não tiveram de esperar muito tempo os adeptos para ver uma jogada de perigo. Na primeira investida do ataque encarnado, Ola John fugiu pelo lado esquerdo, o adversário colocou os braços em cima do holandês que caiu dentro da área. O árbitro entendeu que havia motivo para a grande penalidade. Chamado a bater, Jonas - que tinha marcado ao Arouca na estreia pelas águias - bateu Taborda com toda a calma.
Começar de forma avassaladora indiciava um passeio dos encarnados pela serra. Mas o Sporting da Covilhã, com ataques rápidos, tratou de tirar o convencimento de que o assunto estava prematuramente encerrado. Aos 9 minutos, João Traquina empatou para os serranos. Grande falha de Benito, que permitiu que a bola chegasse a Traquina e este perante Artur teve a frieza necessária para empatar.
Golos e emoção nos primeiros minutos. O duelo prometia muito e ambas as equipas estavam com aquela atmosfera típica da Taça de Portugal. O Benfica, a jogar no mesmo registo de sempre (futebol em posse e a tentar os flancos para chegar com perigo às redes adversárias), tinha, ainda assim, dificuldades em carrilar jogo. Jonas, sempre encaixado nos centrais, também não era muito auxiliado por Derley, muito menos por Bebé, Ola John e Pizzi.
O golo de Traquina deu alma aos leões da serra que estavam bem fechados atrás e soltos no ataque. A assertividade na dianteira do Covilhã “deu frutos” ainda antes do intervalo. Aos 43 minutos, Erivelto Silva colocou a equipa de Francisco Chaló a vencer; livre em arco de Traquina, a bola, tensa, foi para o meio da área, onde Erivelto, de cabeça, saltou mais alto que os centrais encarnados e bateu Artur.
No segundo tempo, o Benfica entrou "com os olhos" na baliza de Taborda. Era necessário marcar rápido para empatar e depois pensar na vitória. Mas do outro lado estava o Covilhã que tinha o sonho de "fazer Taça" e arrumar o campeão nacional e detentor da prova.
Sem atacar tanto como no primeiro tempo, o Covilhã ia-se recolhendo atrás e o Benfica crescia no jogo. Gonçalo Guedes passou para a direita e levou com ele a arte e irreverência (do outro lado, Bebé pouco ou nada fazia). Aliado ao bom jogo de Guedes destaque também para o crescimento gradual do italiano Cristante que começou a pautar melhor o futebol das águias.
A fadiga nas pernas dos serranos aumentava à medida que o relógio avançava. E Jonas, pois claro, continuava a dar trabalho aos defesas adversários. Aos 71', a reviravolta ficou consumada. Boa desmarcação de Jonas após passe de Pizzi, com o avançado brasileiro, atento à saída de Taborda, a ter a frieza necessária para fazer o terceiro e voltar a colocar o Benfica na frente do marcador.
Mesmo a perder (e desgastados), os jogadores Covilhã não "deitaram a toalha ao chão" e foram em busca de novo empate. Mas já havia pouco tempo e a águia segurou a vitória e, desse modo, continua em prova, apesar do susto.