Slimani e o futuro: «No futebol nunca temos certezas de nada»

Islam Slimani é por esta altura figura de proa na Argélia, seu país natal. Depois da boa época realizada ao serviço do Sporting, a prestação no Mundial chamou o atacante para os destaques dos jornais e foi precisamente através de uma grande entrevista ao Le Buteur que o camisola 9 dos leões falou do seu futuro, entregando-o ao «destino».

Sem levantar muito o véu da situação, Slimani não disse que ia sair de Alvalade mas também não deu garantias de ficar.

«Depois de alguns dias de merecido descanso estou de volta ao trabalho e espero uma época preenchida. Creio que recuperei bem [da paragem] e estou a aproveitar este período de preparação para começar bem a temporada. Estou a treinar-me no clube e deixo o meu empresário tratar do resto», começou por referir o avançado quando questionado sobre os rumores de mercado.

«No Sporting não me falta nada», vincou Slimani tentando desvalorizar o tema 'futuro'. «Regressei recentemente e estou a trabalhar no duro. O resto não me interessa, mas no futebol nunca temos certezas de nada. Para já, tudo vai bem. Joguei a CAN, participei num Mundial e agora quero jogar a Liga dos Campeões», comentou, motivando a questão se será em Alvalade que vai cumprir esse desejo.

«Ainda não sei. Deixo o Mektoub [ndr.: destino] fazer as coisas, depois veremos. Honestamente não estou muito preocupado com isso, deixo tudo para o meu agente. Além disso, estou no Sporting, um clube que me dá a oportunidade de discutir essa prestigiada competição», limitou-se a dizer.

Da discussão do futuro para as recordações do passado, o dianteiro não escondeu que o último ano foi «muito positivo». «Acho que cumpri a minha missão cada vez que joguei. No Mundial marquei dois golos, fiz uma assistência e fui duas vezes eleito o melhor jogador em campo. É algo muito satisfatório e um orgulho enorme. Marcar no Campeonato do Mundo é algo grande. Para mim, foi um sonho tornado realidade», confidenciou Slimani, salientando que sofreu «muito» para chegar aqui.

«Agradeço a Alá, que me permitiu chegar onde estou hoje. Só tenho 26 anos e ainda tenho algumas épocas pela frente. Espero jogar até aos 32 ao mais alto nível», antecipou o ponta-de-lança que em 2013/14 apontou dez golos em 30 jogos pelos verdes e brancos.