Momento de inspiração salvou águia de valente trambolhão

O dérbi deixou uma certeza. Aconteça o que acontecer amanhã no estádio do Dragão, o Benfica vai continuar na liderança pelo menos mais uma semana. Os encarnados entraram literalmente a perder em Alvalade, fruto de um erro clamoroso de Ederson, mas conseguiram recuperar da entrada em falso e chegar ao empate a meio da segunda parte na sequência de um belíssimo livre de Lindelöf.

Erro de Ederson logo a abrir

O ambiente fantástico em Alvalade espelhava a importância e a exigência do desafio para as duas equipas. Todos sabiam de antemão que o mínimo erro poderia provocar graves consequências e o arranque do encontro não podia ter sido pior para o Benfica.

O guarda-redes Ederson, tantas vezes elogiado pela crítica durante a presente temporada, provou que é humano e que... também erra. O jogador brasileiro conseguiu transformar um lance aparentemente tranquilo numa oportunidade de ouro para o Sporting chegar ao golo.

O camisola 1 retardou a reposição de bola no ataque e caiu na própria armadilha. Bas Dost ganhou a bola e Ederson só o travou em falta. Artur Soares Dias estava perto do lance e não teve dúvidas em apontar para a marca dos onze metros. Pénalti assinalado, Adrien posicionado e bola no fundo das redes.

O golo entusiasmou o Sporting e criou algum nervosismo aos homens do Benfica. A estratégia de Jesus estava bem definida e não dava grande espaço de manobra para os encarnados criarem desequilíbrios. Rafa Silva está longe de ser Jonas e nem mesmo com a passagem de Cervi para o lado de Mitroglou disfarçou a ausência do internacional brasileiro.

Numa das raras oportunidades que o Benfica conseguiu chegar à área leonina, Grimaldo ficou a pedir falta para grande penalidade e a verdade é que o lance deixa muitas dúvidas. Pouco depois, Lindelöf foi carregado também na área leonina por Bruno César, mas Artur Soares Dias nada assinalou.

Bomba de Lindelöf!

A desvantagem obrigava o Benfica a correr atrás do prejuízo, ainda assim foi o Sporting que entrou para o segundo tempo mais atrevido e com mais vontade de ampliar a vantagem do que propriamente os encarnados reduzirem a diferença.

O matador Bas Dost teve duas oportunidades claras para dilatar a vantagem, primeiro a passe de Adrien Silva e depois servido por Gelson Martins, mas não conseguiu dar o melhor seguimento às jogadas criadas pelos companheiros.

O Sporting foi gastando algumas fichas importantes e deu margem para o Benfica acreditar que o empate era possível. E foi mesmo. Mitroglou colocou a segurança de Patrício à prova, aos 60 minutos, num remate fraco, e Lindelöf não perdoou pouco depois.

O resultado interessava mais a Vitória e o treinador do Benfica reforçou o miolo nos instantes finais para conseguir estancar as incursões da equipa leonina. A aposta deu frutos e o resultado não mais se alterou para felicidade dos adeptos benfiquistas.