Além da importância da vitória frente ao Arouca, que coloca os vilacondenses na luta europeia, o jogo de sexta-feira ficou marcada por um marco raro nos dias de hoje, nomeadamente no futebol português. Tarantini chegou ao jogo 300 pelo Rio Ave, uma marca que só não é singular no clube por culpa de dois históricos. Gama tem 340 jogos, e Niquinha lidera a lista com 362 jogos.
A carreira de Tarantini está muito ligada ao Rio Ave. Ainda assim, o médio com apelido de internacional argentino, começou a sua carreira em três clubes portugueses: Gondomar, Sporting de Covilhã e Portimonense.
Tarantini chegou em 2008/2009, primeira temporada do Rio Ave depois de duas épocas na segunda liga, e acompanhou o trajeto ascendente do clube desde então, com destaque para dois apuramentos europeus (2013/2014 e 2015/2016). O jogador esteve presente ainda nas finais da Taça da Liga e da Taça de Portugal, além da Supertaça.
Os números do médio português são assinaláveis. Além da marca redonda dos 300 jogos, destaque para a ausência de expulsões, uma curiosidade assinalável, tendo em conta a posição sensível no campo. Os 32 golos ajudam a perceber que apesar das características de equilibrador na zona nevrálgica do terreno, Tarantini não se coíbe de arriscar e tentar a sua sorte.
Luís Castro, atual treinador dos vilacondenses, aproveitou o rescaldo ao jogo contra o Arouca para comentar o feito do capitão de equipa: «Muitas vezes olha-se para o jogador e o ser humano fica para trás. Olha-se muito para o que faz em campo, se é bom nisto ou aquilo, mas do que é enquanto pessoa fala-se pouco. Posso dizer que fui o treinador do Tarantini no seu jog 300».
Elogios rasgados para alguém que já deixou a sua marca. No Rio Ave e no futebol português. Dentro e fora de campo.