Está instalada a polémica entre Carlos Pereira, presidente do Marítimo, e Pedro Proença, presidente da Liga de Clubes. O antigo árbitro afirmou numa entrevista ao jornal madeirense DNotícias que Carlos Pereira foi um dos grandes responsáveis pela eleição de Mário Figueiredo para a Liga em 2012 e que isso levou a que o organismo tivesse dívidas no valor de cinco milhões de euros. Proença aludiu também às relações familiares entre Carlos Pereira e Mário Figueiredo (presidente do Marítimo é ex-sogro do ex-dirigente da Liga).
«Herdamos da direccão anterior uma dívida de cinco milhões que estamos a pagar. Se olharmos ao antigo presidente e sabermos quem ajudou a colocá-lo na Liga e as relações entre ambos... Por outro lado há algumas assembleias gerais que esse senhor presidente (do Marítimo) não marca presença. É aí o local que os clubes têm para discutir», disse Proença.
A resposta de Carlos Pereira chegou pouco depois e o dirigente do Marítimo não poupou nas críticas. O líder insular garantiu que Proença utiliza o dinheiro das multas aos clubes para viajar e que quase toda a Liga de Clubes está penhorada. Carlos Pereira pediu também que fosse aberto um inquérito a Proença por ter reunido com Bruno de Carvalho oficialmente, numa altura em que o presidente do Sporting está castigado pela FPF.
«Quanto às contas, o Marítimo informou a Liga, a federação e os clubes sobre os custos acrescidos desta Liga. Esse senhor está farto de viajar, está farto de usar os valores pagos das multas para exercer uma série de vaidades. Por isso, não lhe reconheço nem autoridade moral para criticar o quer que seja. A Liga está quase toda penhorada. Vou aqui questionar se o Conselho de Disciplina, Conselho de Justiça ou Comissão de Inquéritos vão abrir um inquérito ao presidente da Liga, sobre aquilo que diz e aquilo que faz. Concretamente, acho que o Conselho de Disciplina deve abrir um inquérito ao presidente da Liga por ter recebido formalmente um presidente castigado», disse Carlos Pereira.