Chegou a dar ideia de goleada, acabou em fracasso (mas era apenas um particular). A seleção voltou à Madeira para Ronaldo merecer o aplauso, o capitão respondeu com golo, só que os suecos deram a volta e castigaram uma postura mais mole dos portugueses, que ainda foram azarados no fim.
Na descansada rotação de Fernando Santos, manteve-se Cristiano Ronaldo. De resto, 10 mudanças. Fazia sentido, quer pela oportunidade de ver novas caras (e tanto talento há...), quer porque era proibido o camisola 7 não jogar no regresso ao seu berço. Havia euforia, energia e até alguma carga emocional para finalmente o receber e tudo correu às mil maravilhas.
O comandante Ronaldo chefiou um grupo jovem, alguns à procura de minutos no global (Cancelo ou Renato Sanches), outros (Gelson, Bernardo) prontos a dizer que Fernando Santos terá enormes dores de cabeça nas próximas convocatórias e na Taça da Confederações. E até deu para a estreia de Marafona ou para o regresso de Luís Neto ano e meio depois.
Podia dar para fazer gestão dos que tinham os jogos mais importantes sábado (Eliseu, Danilo, Moutinho e Bernardo não voltaram do intervalo) e, ao mesmo tempo, dar mais alguns minutos a Ronaldo e permitir-lhe a ovação que merecia.
Não se contava é que a saída do capitão acontecesse logo após o golo sueco. Tinha feito mais na primeira parte que no arranque da segunda, é um facto, mas a justiça tardia devolveu a Suécia ao jogo. Por outro lado, Portugal acusou o toque.
Uma intenção que emperrou num adormecimento geral, suportado no baixo ritmo e na pouca presença na área - Éder é e merece ser um símbolo, mas vai ficando para trás nas contas válidas. Com custos, já que, num canto, não nas alturas mas na agilidade (quem diria?), o empate surgiu.
Ainda deu para tornar novamente sério o solavanco ofensivo, alicerçado naquilo em que Portugal é bom (variedade pelo flanco e diagonais para dentro), embora a chocar naquilo que a seleção falha sem Ronaldo e André Silva: a eficácia.
E depois ainda houve o auto-golo de Cancelo como azar final...