Há quatro meses no cargo de diretor geral do futebol azul e branco, tendo sucedido a Antero Henrique, Luís Gonçalves falou ao jornal O Jogo sobre a atualidade do FC Porto e os desafios que se colocam no caminho do objetivo traçado pela atual administração: voltar ao topo do futebol português.
Para já, esse lugar é ocupado pelo Benfica, atual tricampeão nacional e líder do campeonato. Luís Gonçalves não tem problemas em reconhecer mérito às águias mas recusa que isso intimide o dragão.
«O que se passa é a vários níveis e um desses níveis é que os outros melhoraram. O Benfica melhorou nos últimos sete anos e não temos de ter problemas em dizê-lo. É bom para o futebol português, é um desafio para o FC Porto. Mas não nos mete medo; obriga-nos a ser melhores, a trabalhar bem, com qualidade, para voltarmos a ser o número um», disse.
E apesar das qualidades encarnadas, o homem forte do futebol portista diz que os dragões têm tudo para voltar ao topo: «Sei que o FC Porto é capaz de bater o Benfica e de voltar a ser o número um em Portugal. Não tenho a mínima dúvida.»
E num balanço aos primeiros quatro meses de trabalho desde que regressou ao FC Porto, Luís Gonçalves não quis entrar em grandes avaliações.
«Quem pode responder a isso são as pessoas que estão cá agora e estiveram antes. O que encontrei foi o FC Porto que sempre conheci. O que mudou foram as pessoas e o momento, que era mais positivo e agora é menos positivo», afirmou.
Depois, o convite feito Pinto da Costa que não podia recusar.
«Tinha de vir, porque era um momento difícil e quem é portista, como eu sou há muitos anos, sabe o que é a dor de não ganhar. Sou do tempo em que o FC Porto ganhava o Torneio de Limoges e eu ia para a avenida festejar. Depois, o FC Porto passou a ganhar com um homem chamado Jorge Nuno Pinto da Costa. Nasci com ele no FC Porto e, a ele, jamais poderia dizer “não”.»